Mais um pouco da série.
Após a subversão causada pelo período revolucionário em Moçambique, efectuou-se o trânsito multidimensional para uma suposta e desejada tradicionalidade. A elaboração dessa tradicionalidade, melhor, a produção da neo-tradicionalidade especialmente a cargo de intelectuais academicamente formados, consistia e consiste em projectar no passado uma imutabilidade costumeira valorizada, uma natureza, uma identidade humano-moçambicano-africana considerada incólume ao ácido colonial, havida como viva, pura, permanente, irredutível.
(continua)
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