Faz já muito tempo que, sistematicamente, certos sectores afirmam que a Renamo tem os seus dias partidários contados porque Afonso Dhlakama é um ditador (um exemplo de hoje, aqui). Agora que Deviz Simango dissolveu a Comissão Política do MDM (adenda 4 aqui), há o risco de, ele-também, surgir como um ditador.
Talvez para essas e outras circunstâncias não seja má ideia retomar o que, um dia, escreveu Antonio Gramsci sobre o cesarismo. A minha ideia é a de aprofundar o conceito, tomando em conta o "homem colectivo" e o Estado. Aguardem a continuidade desta série.
(continua)
10 comentários:
Ser ditador nao pressupoe ter poder...militar...?
Como podera ser ditador... com 1 minuto pra se expressar...democraticamente?
Meu caro Professor...
Se mal lhe pergunte. Em Moçambique, os cesaristas só estão nos partidos da Oposição?
...
À primeira pergunta: um sociólogo e historiador venezuelano cunhou um dia a expressão "cesarismo democrático". Falarei nisso na série. À segunda pergunta: não, não estão. Aguarde a continuidade da série.
Deixem o MDM fazer as devidas reformas nos seus orgãos!
Quero recordar-vos que o partido vai fazer apenas 1 ano em Março de 2010.
Quando criamos o partido,tinhamos uma outra dinamica e muitas outras implicações...
Hoje Temos responsabilidades diferentes, somos a terceira força e a primeira conquistada após 17 anos de paz, apesar das dezenas de partidos existentes desde 1994.
O processo é dinamico e todo o dinamismo implica mudanças,novas estratégias adequadas a realidade actual com visão para o futuro.
É um processo normal num,AS EXIGENCIAS assim o determinam, todos os membros e simpatizantes tornaram-se exigentes e exigem mais e mais.
Vamos a luta, ou ficamos para tras!!!
Ao membros que assim pensam... pararam no espaço e no tempo...
o camrrão que dorme, a onda leva.
Deixemos de espculações!
Mas também elas fazem parte de todas as revoluções e mundanças.
Linette
Linette
Descordo contigo e espero que isto seja apenas o que dizeste em público. Lá dentro do partido a tua postura tem que ser outra. Transmita muita coisa boa que se debate na blogosfera, transmita aquelas experiências democráticas que viveste na Suécia. És membro do Conselho Nacional e tens um papel importante.
Caro Abdul
Não entendi essa de 1 minuto para falar. Quanto ao significado do termo ditador, mais uma vez vou consultar no dicionário.
Abraco
Refletindo,...
eu questiono se ser ditador nao pressupoe ter poder militar ?
e o Professor ja me disse que eu estou um pouco atrazado ou desactualizado em desenvolvimento pensante ditatorial...
1 minuto ...? 'e o tempo que deram ao MDM na assembleia pra se expressar...so.
Linnete
Gostei...Vamos a Luta... Vamos Avancar... Explorar o 1 minuto de forma racional.... reorganizar.... reestruturar... realinhar...trabalhar.... e avancar.
Abdul
A questão de ditador está ultrapassada já que o Prof Serra esclareceu e nos convence.
Quanto a 1 minuto, fui sempre da opinião para esquecermos dele ou seja que o MDM esqueca dele e não se ajoelhe para a Frelimo para lhe dar 9 para serem 10 minutos. A minha sugestão é de um trabalho de campo, nos círculos eleitorais para em 2014 o MDM ter legalmente mais tempo. Concordo com a afirmacão de Daviz Simango (hoje no País), segundo a qual, o MDM vai acompanhar tudo nas sessões de debate na Assembleia da República e no fim delas vai organizar conferências de imprensa para um informe ao público.
Exacto...Reflectindo.... Vamos Juntos...Trabalhar...
Cada um... como cada qual... e trabalhando...a serio...
Esta acontecer...
A Mudanca 'e Irreversivel.
Reflectindo!
É o caminho que estamos a seguir.
É hora de separar o trigo do joio para a melhor implementação dos objectivos traçados nas ultimas duas reunioes da comissão politica alargada, incluíndo as bases do partido.
Ajoeilhar! só perante a Deus!
Sobre a AR, é sem dúvida uma grande vitoria do MDM.
Há diversas formas de apresentar o trabalho da AR, uma delas é que foi apresentada pelo Presidente do partido.
Como diz o Karim...vamos em frente
em frente!
"Ajoeilhar! só perante a Deus!"
Bom, já vi "alguém" ajoelhado perante a Renamo, se bem que em Roma, na terra do Papa.
Sei que Deus não os "recebeu", nem teve agenda para tal.
Mas tinha os seus "colaboradores" para o efeito.
De quaisquer modos ajoelharem, porque lá nos campos de batalha, já tinham ultrapassado essa fase -estavam totalmente de rastos...
E tudo o vento levou!
Tanto sangue, tantas vidas, tanta esperança...
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