"A UP é uma instituição de ensino vocacional cuja missão estatutária é a formação superior de professores para todos níveis de ensino e de outros profissionais para área de educação e afins, a nvestigação e a extensão. Neste contexto, a UP pugna pela universalização e regionalização, para além da sua função instrumental na produção e disseminação de conhecimento para a transformação da sociedade moçambicana rumo ao desenvolvimento social, cultural e tecnológico." Aqui.
Número inaugural aqui. Seguem-se dois cenários-hipóteses:
Primeiro cenário. Enquanto Ministro da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH], o Prof. Jorge Ferrão teve a oportunidade de conhecer os principais problemas que afectam o ensino em Moçambique. Um desses problemas tem a ver com a formação, humana e técnica, dos professores. Melhorar essa formação em profundidade está menos ao nível do MINEDH do que da Universidade Pedagógica [UP]. O Prof. Ferrão foi seleccionado para melhorar a "formação superior de professores para todos os níveis de ensino" [missão da UP na citação em epígrafe], a montante e não a jusante do processo.
Segundo cenário: citado pelo "Notícias" de ontem, o Ministro de Ciência, Tecnologia, Ensino Superior e Técnico-Profissional, Prof. Jorge Nhambiu, afirmou que a UP será reestruturada em quatro universidades autónomas, cada qual com a sua reitoria e a hipótese de seleccionar o seu foco de actuação. Aqui. Se assim for, então o Prof. Jorge Ferrão foi seleccionado para dirigir esse processo. Caber-lhe-á, especialmente, a delicada tarefa de encontrar resposta à seguinte pergunta: continuará a formação de professores a ser o foco, a marca da actual UP nas quatro universidades? Ou sê-lo-á apenas de uma? Ou, enfim, de nenhuma, ante uma nova etapa histórica, com a UP caminhando no figurino plurifocal das universidades públicas como a Universidade Eduardo Mondlane, a Universidade Zambeze e a Universidade Lúrio [Unilúrio]?
Seja qual for o cenário, a nomeação do Prof. Jorge Ferrão não foi um castigo, mas um reconhecimento da sua competência, da sua experiência de gestão na Unilúrio, da sua abnegação e da sua cultura.
Primeiro cenário. Enquanto Ministro da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH], o Prof. Jorge Ferrão teve a oportunidade de conhecer os principais problemas que afectam o ensino em Moçambique. Um desses problemas tem a ver com a formação, humana e técnica, dos professores. Melhorar essa formação em profundidade está menos ao nível do MINEDH do que da Universidade Pedagógica [UP]. O Prof. Ferrão foi seleccionado para melhorar a "formação superior de professores para todos os níveis de ensino" [missão da UP na citação em epígrafe], a montante e não a jusante do processo.
Segundo cenário: citado pelo "Notícias" de ontem, o Ministro de Ciência, Tecnologia, Ensino Superior e Técnico-Profissional, Prof. Jorge Nhambiu, afirmou que a UP será reestruturada em quatro universidades autónomas, cada qual com a sua reitoria e a hipótese de seleccionar o seu foco de actuação. Aqui. Se assim for, então o Prof. Jorge Ferrão foi seleccionado para dirigir esse processo. Caber-lhe-á, especialmente, a delicada tarefa de encontrar resposta à seguinte pergunta: continuará a formação de professores a ser o foco, a marca da actual UP nas quatro universidades? Ou sê-lo-á apenas de uma? Ou, enfim, de nenhuma, ante uma nova etapa histórica, com a UP caminhando no figurino plurifocal das universidades públicas como a Universidade Eduardo Mondlane, a Universidade Zambeze e a Universidade Lúrio [Unilúrio]?
Seja qual for o cenário, a nomeação do Prof. Jorge Ferrão não foi um castigo, mas um reconhecimento da sua competência, da sua experiência de gestão na Unilúrio, da sua abnegação e da sua cultura.
3 comentários:
Seja como for, acho que o que me traz alguma apreensão é o facto de, nos últimos tempos, os ministros da educação não durarem pelo menos o tempo do seu mandato. A educação é um processo de (médio) longo prazo, por isso creio que é tarefa de quem nomeia estes governantes de colocar pessoas que irão trazer e cumprir projectos de longo prazo mas em busca de resultados maiores. Por outro lado, também me preocupa a total descoordenação entre a formação de professores e as necessidades do MINED. Estas instituições parece que não dialogam entre si. Também me preocupam as mudanças que têm ocorrido no sector da educação: ora se junta a cultura, se retira a cultura e se junta o Ensino Superior (ES). Depois se tira o ES e também o Ensino técnico e profissional (ETP)... Quem sabe no próximo mandato se volta a juntar o ETP e o ES? até quanto estaremos a experimentar com a educação?
Finalmente, será que necessitamos de tantas Instituições do Ensino Superior estatais em Moçambique? Não bastaria uma por província (bem apetrechada e com boas condições de trabalho?). Não estaremos a desperdiçar recursos (professores itinerantes, reitores), com estas (mini) IES em lugares onde as condições de ensino são precárias (falta de todo o tipo de materiais de ensino, comunicações, internet, bibliotecas, etc...)_
A Qualidade do nosso ensino primário atesta que depois de 40 anos de independencia, ainda não conseguimos imitar e massificar o que os Magisterios Primários faziam em termos de formaçao do Professor para o ensino basico.
Desde a Sra Graça até a Sra Conceita passando pelo Prof Ferrao como Ministros da Educaçao , ainda nao acertamos no curriculum do ensino da Primeira a Quinta classes. Ja experimentamos um professor por disciplina, já experimentamos quatro ou cinco manuais por disciplina e por escola, ja experimentamos livro unico e agora parece que vamos experimentar livro unico e duas disciplinas , a saber, Portugues e Matematica apenas ..mas as crianças e sua geração teimam em nao saber ler e manipular as quatro operaçoes elementares da aritmetica.
A escangalhamento da UP pode ser apenas para accomodar pessoas por conversao de cada carruagem do comboio em automotora. Parece mais eficiente mas é, seguramente, menos eficaz.
Sem querer especular qualquer outro escabroso cenario. Mas, com toda a justica, a criacao de universidades no pais depende destas ou do ministerio de tutela? E se isso fosse a causa mais provavel, por que nao foi Ferrao nomeado como novo ministro do pelouro da ciencia e tecnologia?
Penso que a nomeacao para reitor da UP tem o mesmo significado da nomeacao de Couto para PCA da HCB. Ferrao nao se enquadra no perfil da FRELIMO pre-eleitoral, onde Guebuza dita ainda as cartas no Comite Central.
Ha um esforco generalizado na media em nos apresentar Nyusi como uma figura com andamento proprio, divergente da governacao anterior. Possivelmente sim, mas apenas no que tange aos operativos. Porque do ponto de vista ideologico, financeiro e ate economico, nao diverge em nada.
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