08 novembro 2016

O homem não nasce livre

O homem nasceu livre, escreveu um dia Jean-Jacques Rousseau. Muito certamente estava e está errado. Nascer é nascer para a sujeição. O homem não nasce livre, mas pode tornar-se livre. Em seus múltiplos sentidos, a liberdade não é um dado natural, mas social. Ter consciência disso é um primeiro indicador de liberdade e, talvez, a primeira porta aberta da democracia e de sociedades que se emancipam do medo.
A conquista da liberdade é, fundamentalmente, a conquista da vitória sobre o medo.
Três Colegas aceitaram o desafio de responder à pergunta deste número: Sergio F. C. Graziano Sobrinho do Brasil, Bóia Efraime Júnior de Moçambique e Ricardo Henrique Arruda de Paula do Brasil.
Com brilho e profundidade, os três dão-nos a conhecer as múltiplas, e quantas vezes trágicas (tenha-se em conta, por exemplo, o texto de Bóia Efraime Júnior), facetas do medo e da sua produção social.
Conhecer e disseminar as facetas do medo e da sua produção social é contribuir para termos sociedades mais livres, mais emancipadas, mais sadias, mais firmes, mais descolonizadas do medo. Quanto mais conscientes estivermos de como se produz o medo mais livres poderemos ser. O presente livro é uma contribuição admirável nesse sentido.
Confira aqui.

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