As cidades nos chamados “países em desenvolvimento” (expressão deploravelmente ambígua, saliente-se) são, afinal, cidades nas cidades, mundos múltiplos e complexos, almas em movimento cruzando-se sem se cruzar, relações sociais embutidas em diferentes concepções de espaço e de habitação, de estético e de lúdico.
Na cidade de Maputo, por exemplo, várias Maputos aproximam-se e afastam-se ao mesmo tempo, tocam-se e repulsam-se, enxertam-se e agridem-se: as cidades dos enclaves protegidos e fortificados, a cidade dos prédios-caixote, a cidade do adobe e da chapa de zinco, as cidades dos blocos, as cidades transversais do dia e da noite, as cidades policiadas, as cidades deixadas ao salve-se-quem-puder, as cidades calóricas da vida ao ar livre, as cidades informais espreitando pelos rostos das cidades formais.
Mas também cidades anfibológicas, sem dúvida, cidades mestiças.
Confira aqui.
Na cidade de Maputo, por exemplo, várias Maputos aproximam-se e afastam-se ao mesmo tempo, tocam-se e repulsam-se, enxertam-se e agridem-se: as cidades dos enclaves protegidos e fortificados, a cidade dos prédios-caixote, a cidade do adobe e da chapa de zinco, as cidades dos blocos, as cidades transversais do dia e da noite, as cidades policiadas, as cidades deixadas ao salve-se-quem-puder, as cidades calóricas da vida ao ar livre, as cidades informais espreitando pelos rostos das cidades formais.
Mas também cidades anfibológicas, sem dúvida, cidades mestiças.
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