Introdução de um texto de Letícia Duarte sobre linchamentos no Brasil: "Há dois mil anos, em Jerusalém, um homem acusado de perturbar a ordem foi condenado sob clamor público, carregado por soldados, chicoteado com vara, cuspido e alvo de insultos de populares pelo caminho até ser pregado em uma cruz. Era Jesus de Nazaré, que morreu aos 33 anos, seguindo a lei da época." Aqui.
Capa de um livro lançado no Brasil da autoria do sociólogo José de Souza Martins. Parte final de uma entrevista divulgada pelo "El País":
P. O que explica que estes episódios continuem acontecendo no Brasil?
R [José de Souza Martins]. Pelo mesmo motivo que se repetem no Moçambique, no México, na Argentina, na Guatemala... As instituições não funcionam. A Justiça é morosa, é cara, é complicada, é lenta. Você não vai discutir a legalidade do linchamento em um grupo que viu uma criança estuprada por um adulto. Ninguém vai esperar um processo porque já está convencida de quem cometeu o crime. A instituição judiciária no Brasil sempre foi um luxo para quem pode pagar um advogado, para quem conhece as regras. Nós temos duas sociedades, uma que segue as regras do estabelecido e outra que não as segue porque não concorda com elas." Aqui.
1 comentário:
Aperta, Moçambique !
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