Nunca como agora foi tão extraordinário o poder inovador do modo capitalista de produção. O sistema produz sem cessar, inova sem cessar, esgota em permanência as mais resistentes tradições, torna estéril qualquer assomo de passadismo. Mas, especialmente, produz, a uma velocidade estonteante, armas de distração maciça, programas e coisas destinadas a dessocializar e a descerebralizar diariamente indivíduos e grupos, a desviá-los da mentalidade crítica, do contacto colectivo real. As redes sociais são algumas dessas armas, ao mesmo tempo brinquedo e aventura. E é através dessas armas que as pessoas, frequentemente sem se conhecerem, se unem, é através dessas armas que as pessoas se habituam a depender de um Facebook ou de um Twitter.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
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