O "Notícias" concluiu ontem um trabalho sobre o desagradável estado em que se encontram os sanitários escolares na cidade de Maputo. Perante tema tão vasto e propício às conclusões apressadas, lembrei-me de que, faz já alguns anos, visitando a Universidade Católica na Beira, o então reitor Filipe Couto levou-me aos sanitários (em estado impecável) da instituição, contando-me que os novos alunos recebiam durante alguns meses lições de como usá-los.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
2 comentários:
Se as escolas primárias já tivessem sanitários com água corrente em lugar da sempiterna latrina talvez o uso de sanitários já não fizesse parte dos curricula universitários, sobretudo em tempo de aplicação do protocolo de Bolonha.
Alguém ainda se lembra dos discursos de Samora sobre hábitos culturais?
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