Hoje disse em surdina muitas palavras feias, ao tentar andar nos passeios da zona da Polana na cidade de Maputo: ora esventrados, ora com alçapões perigosos por roubo ou envelhecimento dos tampões, ora literalmente ocupados por viaturas. Saído de sorriso na alma, voltei com ela pejada de tristeza e raiva.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
3 comentários:
Nao ha hipotese. Batemos fundo (dos buracos). Tres semanas, foi o tempo que levei para recuperar de uma entorse apos um passeio higienico pela Polana. Adivinhe porque?
Talvez tenhamos que promover um simposio para compreender os buracos da cidade...
Minhas propostas:
1- Protecção de passeios: O Munícipio deve empregar uma parte do que pagamos via IPRA (Imposto Predial Autárquico) para promover uma campanha de colocação de obstáculos sólidos padronizados para impedir acesso de veículos nos passeios (um bom exemplo é o passeio em frente da Direcção Nacional de Águas na baixa). As instituições públicas podem ser convocadas a proceder em conformidade nos passeios em frente ou em redor das suas instalações. É necessário prestar atenção na PADRONIZAÇÃO.
2- Buracos por retirada de tampões metálicos: substituição por placas/tampas de betão (exemplo:a primeira valeta de drenagem na rua que sobe da Marginal para a Presidência e zona das casas do MBS). Em termos de custo parecem até menos caras. Creio mesmo que a Cimpor poderia subsidiar o projecto desde que fosse permitida publicidade... como se fazia com a Cifel. Outras entidades promotoras de buracos (EDM, TDM, Movitel, Águas, Gás, etc. poderão aderir) De novo atenção à PADRONIZAÇÃO.
Ora aqui está a globalização do deixa andar e da ruína rápida da cidade. "É ou não é?"
Enviar um comentário