08 junho 2011

Sobre ritos de iniciação feminina à maturidade em Moçambique (7)

Desinstalemos os mitos (Sebastião Alba)
O sétimo número desta série, suscitada por textos aqui e aqui.
Entro, agora, no quarto número do sumário que vos propus, intitulado Ritos de iniciação na Zambéza: nluga e muáli.
Antes de começar, permitam-me dizer duas coisas.
A primeira. Fenómenos como os que vou tentar descrever são propícios à casuística e aos exercícios de moral. Não poucas vezes procuramos vê-los com os óculos do nosso etnocentrismo. Por isso acho uma boa coisa citar o que um dia, a propósito do Nluga e do Muáli (Mwali), escreveu o Padre Giovanni Battista Brentari (já falecido, que durante muitos anos missionou na Zambézia e que tive o prazer de entrevistar em 1978 e 1980 na cidade de Quelimane): "(...) É quase um renascimento. (...) Insistimos neste conceito, que consideramos basilar para a nossa evangelização, para evitar que preconceitos ou noções inexactas sobre a verdadeira essência desta cerimónia venham confirmar juízos simplistas de reprovação ou condenação, que poderiam ser prejudiciais."(obra a citar futuramente).
A segunda coisa. Peço aos conhecedores de línguas zambezianas, especialmente do Ecwabo, para me corrigirem caso me engane na grafia de certas palavras das cerimónias. Mas desde já digo que procurarei aportuguesá-las.
Prossigo mais tarde.
(continua)

2 comentários:

Salvador Langa disse...

Cá fico a espera.

izumoussufo disse...

Esses das cidades desprezam.