O Sr. Alassane Ouattara já afirmou que o seu rival Laurent Gbagbo será julgado pelos crimes cometidos. Mas as coisas podem ser bem mais complicadas do que pensamos no que concerne a saber quem são os bons e os maus na Costa do Marfim. Por exemplo, leia aqui, aqui, aqui, aqui e aqui. Para traduzir, aqui.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
1 comentário:
Para memoria futura, ficara registado numa pedra branca que tudo isto poderia ter sido evitado se o sr. Gbagbo tivesse ouvido mais o seu pais e nao o seu mentor em Luanda. Nao interessa agora chorar pelo leite derramado, procurando fait-divers, quando tudo que se faz na guerra nao tem logica alguma.
Justamente por causa de pessoas como estes observadores impolutos, de olhar muito selectivo e conforme os momentos mediaticos, que se colocam em bicos de pes apontando para todas direccoes. Porque tudo isto, nao passa de uma tremenda hipocrisia. Servem-se das feras (Gbagbo e Outarra) mas depois tem de enjaula-las numa cela de marfim (tutela bitolada), para melhor os manietar no futuro e justificar porque razao eles deverao estar sempre atentos a mao que lhes da (deu) de comer, nao vao agora os irracionais tornar-se pensadores! Fossem esses observadores tao atentos, estariam em passeatas pelo mundo inteiro a falar dos mais de 4 milhoes de pessoas que ja morreram na RDC desde que Mobutu desapareceu de cena. Entao, este nao e um numero redondo tambem? Mas onde estao estes apostolos da paz perante esta silenciosa guerra mundial africana? Quatro milhoes de mortos! Quatro vezes mais que o genocidio do Ruanda, e muitas dezenas de vezes do que o conflito no Darfur ou Sul do Sudao. Mas que desatencao e esta?!
Termino, perguntando se estariamos hoje mais felizes se em Abidjan as contendas se transformassem numa disputa similar a que tivemos em Beirute nos anos 70 e 80?
Cansei.
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