Cabeçalho de um trabalho de Pepe Escobar no Asia Times online: "Mentira, hipocrisia e programas secretos. Disso não falou o presidente dos EUA, Barack Obama, quando explicou a sua doutrina líbia aos Estados Unidos e ao mundo. A mente fica atordoada com tantos buracos negros que engolem essa esplêndida guerrita que não é uma guerra (uma "acção militar, limitada no tempo, de alcance limitado", segundo a Casa Branca), combinada com a incapacidade do pensamento progressista de condenar ao mesmo tempo a dureza do regime de Kadhafi e os bombadearmentos "humanitário" anglo-franco-americanos." Em espanhol aqui. Para traduzir, aqui.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
8 comentários:
Pois é. E os rebeldes, ainda com Gaddafi no poder, criaram recentemente um novo banco nacional e uma companhia de petroleo nacional. Gostaria de ouvir a reacção dos nossos analistas.
fonte: http://www.infiniteunknown.net/2011/03/30/libya-rebels-create-new-national-oil-company-and-form-a-central-bank/
http://www.thenewamerican.com/world-mainmenu-26/africa-mainmenu-27/6915-libyan-rebels-create-central-bank-oil-company
Lá vem, de novo, os analistas com o mesmo sermão de sempre: quando chove diz que houve cheias, mas quando não chouve diz o contrário, que houve seca.
Há dois meses atrás o mundo todo chama Obama e, sobretudo, as Nações Unidas de cobardes por permitir que Kadhafi, LDA regassem o seu próprio povo de balas.
Obama e as Nações Unidas reagiram a tempo, mas, ao que parece, há vozes que não sabem de que lado estão na história e, pior, querem ser Pilatos... Este não deixa de ter a sua culpa, ainda que menor.
Eu sou contra a guerra, mas sendo este o único remédio para demover regimes como o de Kadhafi, LDA, mais vale perder um ditador feroz e alimentar 1000 corruptos.
Basta.
Zicomo
De facto criou-se agora uma idolatria, vamos lá dizer uma "kadafitria" que o torna abençoado e o poupa dos crimes enquanto os ocidentais são convertidos às forças do mal. Tenho dito.
As pessoas tem que entender que o facto de ser contra o ocidente nao implica ser um aliado ou adepto de Gaddafi. O que acontece é que estamos a testemunhar um pais a ser recolonizado pelo ocidente que usa todas as tecnicas possiveis de dominacao. Alguem ja se perguntou em que consistia o No-fly-zone? Ao inves de policiarem essa zona determinada, as forcas ocidentais fazem bombardeamentos mesmo fora desse perimetro. Eles nao tem o direito de decidir o modelo de qualquer pais. Quem é capaz de dar um numero claro de quantas pessoas matou o Gaddafi? É tudo uma propaganda. Bastou os medias cantarem que Gaddafi é tirano, assassino, bárbaro, carniceiro, diabo, etc que o publico mundial segue o ritmo.
Queface,
Acho que acabaste de chegar da LUA. Ou melhor, dum outro planeta qualquer.
Só se for o dia da mentira, porque em contrário daquilo que dizes não ACREDITO. Não pode vir de um religioso para não dizer académico. Mas...
Zicomo
A criacao de um banco e a exportacao do crude sao fontes de rendimento para sustentar o esforco de guerra. Nao ha novidade. Todos movimentos armados o fazem. A UNITA fe-lo. Os rebeldes da Serra-Leoa idem. etc.
Mas essencialmente, o artigo confirma o que eu vinha dizendo semanas atras. No caso da Libia, deseja-se um EMPATE e nao um vencedor. Se a no-fly zone tivesse sido ha 4 semanas, certamente, por esta altura o assunto estava ja resolvido, com Kadhaffi fora do baralho, possivelmente substituido por seu delfim dinastico, o "homem" da London School of Economics. Com o tempo, a NATO e os EUA aperceberam-se que o risco dos rebeldes no poder e maior que o de um Kadhaffi enfraquecido. E sera para ai que vai caminhar a partir de agora. E como evidencia disso, os rebeldes JA ADMITEM um cessar-fogo sem o derrube do regime.
Porque nesta historia toda nao ha herois, so ha vitimas.
E assim o nosso mundo.
Para que eles precisariam das vendas de crude se eles contam com a fiel ajuda da França, Inglaterra, EUA, EAU, Quatar, Canadá, Itália, Arábia Saudita, Nato, ...?
É um fenómeno único e raro na história rebeldes criarem um banco e deterem companhias petroliferas em tao pouco tempo (duas semanas)! Está claro que o que está em jogo é o petroleo, com o pretexto da ajuda humanitária. Em Darfur, havia uma crise cem vezes maior que a da Libia, mas nada se fez. Se os paises ocidentais acham justo intervir na Libia, o mesmo deve acontecer no Bairain, Yemen, Jordania, Siria, Costa do Marfim. Estes paises tem problemas similares.
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