09 abril 2011

Facebookismo

Vou estudando o "facebook", algo que me parece ser uma colecção sem fim de círculos autistas que raramente se cruzam. Num, alguém diz "gosto de espirrar" e logo surgem comentários de apoio ou aprofundamento; num outro alguém diz "ali houve malandrice" e logo de seguida surgem os acompanhantes opinativos. Círculos que quase só vivem de si, que se alimentam quase só dos seus fiéis, círculos intimamente aderentes ao confessionalismo. Fascinante, a colecção de microcatarses digitais.

5 comentários:

Salvador Langa disse...

Parece como todo o mundo na confissão.

ricardo disse...

Circuitos integrados mentais...funcionam para um mesmo fim. Mas não teriam valor se funcionassem isoladamente. A verdadeira sociedade Orwellina chegou, viu e (con)venceu até Hollywood a fazer um filme sem conteúdo algum.

Eu não estou no Facebook. Sou um livre pensador!

Eugénio Chimbutane disse...

Prof.

E se esses "suspiros" vem de alguém que parece importante aos olhos desses seguidores, constituem verdadeiros pretextos para umas boas "escovadas". Como quem diz, não me esqueça “chefe” ….estou aqui também…..ando alinhado com o status quo……….

Carlos Serra disse...

Justamente, Eugénio, justamente, creio que é o novo estilo. Estou atento. Abraço.

Anónimo disse...

...não vejo o FB assim...
como qualquer network,serve para contactar e relacionar...
depende sim da forma como se utiliza o FB.
serve para reencontrar e contactar amigos,familiares distantes no espaço e no tempo...
é óbvio que serve também para a fogueira das vaidades e outras actividades afins..
estive no norte do Sudão ,isolado durante 6 meses e foi o FB que me manteve vivo e junto daqueles com quem gosto de privar...
Tóxico