13 março 2011

O lobo mau (3)

Segundo número desta curta série.
Na Tunísia, no Egipto e agora na Líbia, os presidentes viram no estrangeiro a origem dos levantamentos populares. Mas mais profundamente: o verdadeiro lobo mau era e é a Al-Qaeda.
Quando surgem problemas sociais, quando o povo protesta, parece ser regra para certas elites gestoras de Estados atribuírem a responsabilidade disso aos feiticeiros estrangeiros. Por outras palavras: o idílio, o bucolismo é suposto ser a característica natural da vida interna. Apenas solavancos externos, sismos sociais estrangeiros inesperados a podem perturbar - defendem essas convictas elites.
A construção política do lobo mau é, sem dúvida, uma das mais fascinantes páginas da história política.
(continua)

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