10 março 2011

Desolação

Pessoas esperando desde manhã serem atendidas nas unidades hospitalares de Bagamoio, José Macamo e Mavalane, periferia da cidade de Maputo. Mais: lixo, capim e fossas a escoar em Bagamoio - uma reportagem que passou há momentos na estação televisiva STV.

7 comentários:

Anónimo disse...

E passou também uma entrevista com o representante dos doadores para a área da SAÚDE, que realçou que o peso da comparticipação de Moçambique com receitas internas para o orçamento da saúde tem vindo a reduzir, sendo cada vez maior o peso do contributo da comunidade internacional.

Exigem que esta situação seja revista.

É tempo de um verdadeiro programa de austeridade, começando por emagrecer o Aparelho de Estado, reduzir ministros, vice-ministros, reduzir Deputados, reduzir nos aparatosos protocolos.

Fijamo disse...

O Min. Saúde, Manguele, alegou falta de RH! Droga! Saudades do Tsunami Garrido!

V. Dias disse...

E eu avisei, como sempre.

Zicomo

Fijamo disse...

O Vaticínio de Viriato Caetano Dias!

Anónimo disse...

Alguem lembrou-se de analisar quanto o Estado atribuiu a area de saude em Mocambique. O problema da saude vai muito para alem da saida do Garrido que pode ter ate tentado resolver consequencias no lugar de causas dos problemas. Segue um resumo do ultimo encontro entre MISAU e parceiros, para aqueles que se interessam em compreender o problema assim podem pensar solucoes bem para alem do se fosse Garrido estaria melhor, http://www.imensis.co.mz/news/anmviewer.asp?a=20717&z=15

V. Dias disse...

No nosso país está para nascer um dirigente, na área da saúde,com a fibra de Ivo Garrido. Quem disser o contrário, mente.

Tive a sorte de viajar pelas províncias do país, quer em missão de serviço quer em passeio, a percepção que tive é que com Garrido as coisas tinham mudado para o melhor.

A alimentação nos hospitais era uma delícia, enfim, os profissionais de saúde passaram a ter uma conduta salutar. Vi isso quando fui em missão de trabalho na Ilha de Moçambique, Nacala-Porto, cidade de Nampula, etc.

Agora, é preciso não esquecer que não é tarefa fácil combater mataquenhas nas cabeças de certos hominídeos. Garrido foi combatido, tal como Samora, atitude que qualquer dirigente honesto encontra quando se está a frente dos destinos de qualquer sector.

Paciência, nos próximos 10 anos ainda o vamos chorar. Já estou habituado com o povo. Desde o Iraque até à pérola do Índico, diz que já não quer e depois chora e bem...Dick Kassotche, Lourenço Veniça que o digam!!!

Zicomo

Anónimo disse...

Apesar de concordar que Garrido tenha sido um bom ministro, "nao ha bela sem senao", no caso "belo sem senao". A crise de medicamentos no sector derivou em parte de algumas medidas tomadas por Garrido. Muitos técnicos do sector mudaram de emprego por causa de problemas de comunicação entre o ministro e seus subordinados, com implicacoes nos fluxos de funcionalidade do MISAU. Me parece que vivemos um problema serio neste pais, a mentalidade heroica. Nessa mentalidade, achamos que existem homens com qualidades unicas cuja ausencia torna as coisas impossiveis, essa visao amplamente difundida pelos poderes presidenciais, desde a epoca de Samora, continua sendo cultivada ate hoje com pelo menos uma consequencia. Nao se pensa o pais como uma continuidade, nao se pensa o pais a partir de planos de medio e longo prazo, a partir de uma visao nacional (talvez isso ajude a compreender o aborto da agenda 20-25). E o heroi que ira combater a pobreza em 5 anos, ele um lider supremo. E gracas a ele que foram contruidas escolas, e gracas a ele que foram abertas fontenarias, e por ai em diante. Quando nao cumprem justificam suas permanencias com o desirato de quererem terminar o que iniciaram. Assim constroi-se ditaduras monarquicas tranvestidas de republicas mas nao republicas. E nos, aplaudimos a cada heroi que passa e pedimos outro, no lugar de pensarmos como pais e colocar pecas que cumpram de forma continuada, com os ajustes necessarios aos planos elaborados.