No "Faísca" do Niassa, edição de hoje, aqui. Clique com o lado esquerdo do rato sobre a imagem para a ampliar.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
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7 comentários:
Tinha me esquecido do "Faisca",
Selecionado.
Precisamos dum acessor da seleccao nacional no Niassa,
'E la onde estao umas coutadas suspeitas.
Tem alguns malabaristas e xiconhocas la, que se dizem mocambicanos e roubam-nos ate na Lixeira.
Grande jornal este, a Faísca. Até lhes enviei há momento um mail...pena nem sempre estar disponível aqui.
Acredite, caro Professor: V. tem sido um excelente elo de ligação entre a informação e a gente. Merecia um prémio, uma condecoração.
Niassa!!! Única província do país que não conheço, infelizmente, mas tenho lá um exército de amigos: o Justo, o Paixão, os Catequetas, os Mulémbues, os Mandras, os Sandicondas, os Jassos, o Saide pequeno futuro grande escritor, muita gente mesmo... Zicomo pela amizade a todos eles.
Em relação a informação postada, para não maçar, faço minhas as palavras do Karim.
Zicomo
"Há gente que diz que pra Niassa nunca mais há-de voltar
outra gente diz que esta pobreza nos levará ao esquecimento,mas cá nós estamos. Por isso eu canto alto: meu nome é Niassa"
música de Gito Katawala internacionaliza pelos Massukos.
É este Niassa que me viu nascer e é este Niassa que eu tanto adoro!
AAS
Niassa. Um grande e mal afortunado "pais"...
Um excelente laboratorio para o Professor descobrir as causas do famoso roubo do desenvolvimento.
E para o Abdul Karim saber porque a divisao de Mocambique nunca iria dar certo!
Mas porque sera o Niassa tao esquecido? Serao os brandos costumes locais, ou dos longos tentaculos do poder?
Eis a questao.
Niassa, a décima provincia de Mocambique, é a mais pobre e a mais empobrecida. os mais "sábios" acham que o relevo do Niassa torna difícil a contrucão de estradas, pontes e acessibilidades para o desenvolvimento este canto do país. Niassa foi também um importante palco de batalhas na luta de Libertacão nacional, Niassa teve tantos "filhos" seus em cargos de ministros nos governos pós-independência, de altos quadros políticos e de conceituados académicos (Mazula, Machili, Atelela Ngunga e o Pe. Couto são alguns exemplos). Niassa foi também um campo de "reeducacão", de "operacão producão" ou "improdutivos" como nós chamamos por cá, mas Niassa foi também palco de várias experiências agrícolas como o projecto agricola de Matama, Unango e 400.000 hectares.
Apesar de tão pobre, está a cerca de 300 km da saída do esquecimento quando um dia alguem quiser construir a linha férrea que liga a cidade de Lichinga ao resto do país passando por Cuamba.
Niassa, Niassa...
AAS
"Niassa.Um grande e mal afortunado "país". Pois é!
De facto, quanto mais a norte pior.
Relevo? Mas o relevo do Niassa nao se compara ao de Manica (de onde se produz muito boa fruta e pecuaria), ou ao do norte da Zambezia, donde vem o belissimo Cha?
Sera apenas por isso, ou por estar fora do mapa de investidores do CPI (multinacionais)?
Tambem creio que uma linha ferrea e fundamental para acordar o gigante, e ja agora, relacoes mais amistosas com o Malawi, para usufruir daquele imenso curso de agua que o Lago Niassa. E a oportunidade para faze-lo e agora, quando todas a atencoes convergem para o Corredor de Nacala. Ja agora, com o porto interior de N'sanje do Malawi em funcionamento, o Niassa poderia via Lago Niassa, "compensar" essa falta de atencao de Nacala, usando essa via. Tal como a Zambezia (Milange) afinal...
Depende do Niassa mostrar vontade em ve-la construida. Coisa rara nos seus governantes. Quem nao chora. Nao mama.
Porque francamente, em 35 anos de independencia, a unica vez que ouvi dizer que um govenador do Niassa era activo, foi no consulado de David Simango, que nem sequer e coisa por ai alem.
Um imenso dormitorio a ceu aberto.
Pois é, Ricardo, quanto mais a norte, pior. Nos últimos tempos falou-se de existência de ouro na zona de Tulo, fronteira do Niassa com a Tanzania e refizeram a estrada e já é possível chegar à este canto do Niassa sem grandes problemas. Agora falam de jazigos de carvão e os "chinas" como chamamos por cá, ja prometeram contruir linha férrea que chegue às minhas e leve o tal carvão pra China.
Porque é assim tão difícil acordar o gigante se no período antes da independência estava o Niassa acordado e a escoar os seus produtos frescos para toda a zona norte? o comboio circulava 6 dias por semana entre Lichinga e Cuamba e os tais projectos que foram experimentados no Niassa não tiveram seguimento porque surgiram "as nossas insuficiências" e depois, a guerra civil (justificacão barata). Como diz o professor e diz bem: "os mocambicanos são preguicosos"! esta é a conclusão a que também chego.
AAS
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