No "Notícias" online de hoje, em editorial: "Temos de ter a capacidade de responder diariamente a uma pergunta simples: temos terra, água e milhares de desempregados, por que não avançamos? Ou porque avançamos tão lentamente? "
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
3 comentários:
Esta é a pergunta que eu gostaria de fazer aos membros do Conselho de Ministros (todos eles na hora em que estão concentrados em ler relatórios, quase muitos, enfadonhos).
Na impossibilidade faço aqui:
1. De que é que nos serve ter tantos rios a desaguarem sem que o Estado aproveitasse da água como deve ser para minimizar o sofrimento do povo e não só, por outro lado, temos milhares de Moçambicanos privados deste precioso líquido?
2. De Tete a Maputo uma viagem que fiz várias vezes de carro pude ver grandes extensões de terras não aproveitadas. Como é que se explica isso? A mesma realidade verifiquei em Nampula. Já em Tete o vale de "nhartanda" um potencial agrícola a abastecer a província toda continua adormecida. Samora tinha projecto com aquela área. O Vale do Zambeze (mesmo muudando de nome) está moribundo) que eu até pensei que com S. Vieira na liderança aquilo poderia andar, como me enganei.
ESTAMOS TODOS LINCHADOS. NÃO HA MANEIRA.
Os desempregados que nem se sabe ao certo quantos são, são tantos que nos próximos anos, quando esta "geração da viragem" chegar ao fim vão pedir reformas ao Estado, mesmo sem ter trabalhado porque no país cada geração produz os seus feitos, bons ou maus, o Governo gosta.
Penso que o PR têm uma solução pela frente se é que quer sair bem na fotografia.
1. Descentralizar o poder (o sistema de pirâmide não serve para nada, as castas desfavorecidas ficam cada vez mais pobres);
2. Apostar em todos (independentemente da cor, origem, religião e filiação política) para colocar a máquina a andar para a frente. No nosso país não se pode pensar diferente do chefe, para além de ser pecado é proibido.
3. Apostar seriamente na agricultura industrializada, sobretudo, nos serviços. Estes três pontos são essenciais. Não basta deitar fora dinheiro doando ao povo para mostrar serviço, Estado nenhum gasta aquilo que não tem. O Nosso faz exactamente isso.
Mais uma vez repito: ESTAMOS LINCHADOS.
ZICOMO
A terra, a água, não são para os desempregados. A terra, a água, são do estado. E o estado tem dono. O que é que um desempregado pode pagar? Veja-se a capa do Savana de hoje.
Pois é, Carlos, concordo contigo, em gênero, número e grau.
Mas não podemos culpar somente os governantes, por esta situação.
Sou enfª docente, e, também ministro aulas para adolescentes em busca do 1º emprego, ou seja, trabalho como explico à els.
As disciplinas que ministro, para estes adolescentes é:DSTs, Gestão para o trabalho,(que engloba ética, boas maneiras, como se portar, interesse, responsabilidade, boa vontade, etc...).
Percebo que nossos jovens e adolescentes, não têm aquele espírito batalhador que nós tínhamos quando éramos adolescentes.
De começar mesmo que seja num cargo inferior, e subir, evoluir. Eles já almejam o cargo maior da empresa, e o melhor salário, claro que todos nós temos um objetivo semelhante.
Mas como digo à eles, vocês tem que fazer por merecer.
e aí é que encontramos o maior obstáculo. Eles são desinteressados, desestimulados, irresponsáveis, etc..., claro que não generalizando.
Mas em uma turma de 30 alunos, é muito complicados selecionarmos 15.
Qual seria tua opinião, e, sugestão para melhorarmos o estímulos de nossos jovens?
Abraço
Deise
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