06 agosto 2010

EDM e roubo do desenvolvimento

Nota: este tema - o tema do que chamo amiudadamente roubo do desenvolvimento visando outro tipo de desenvolvimento - é merecedor de amplo estudo, amplo estudo que deve ter como meta de partida nao tanto o mercado informal quanto a vida informal. Hipótese: quanto mais gravosas forem as condições de vida, mais ampla será a vida informal e mais diversificado e profundo o recurso a esquemas de sobrevivência numa sociedade profundamente marcada pela fractura social. Entretanto, permito-me sugerir a leitura das minhas postagens sobre o roubo do desenvolvimento, aqui.

3 comentários:

V. Dias disse...

De facto, esta é uma boa medida: punir severamente e sem direito ao pagamento de caução a nenhum criminoso.

Muita das vezes quem rouba esse material eléctrico não é o zé-povinho, ou seja, "sacatépwé" (paupérrimo em língua nhúngwé), este não tem técnicas para cortar fios, etc., são pessoas muita das vezes formadas que praticam este acto criminal ciente das suas consequências e prejuízo que se impõe ao país.

Zicomo

Anónimo disse...

A questao do roubo à EDM ultrapassa o roubo de material. Quem nao sabe que nos nossos suburbios a populacao rouba energia? A EDM sabe mas nao faz nada, porque tem medo. Teremos que fazer com que TODOS ou pelo menos cada vez MAIS pessoas participem do desenvolviment. Tenham agua e luz em casa. Isso é básico. Nao faz sentido a EDM ter uma ou duas pessoas com energia e os restantes mil sem energia. Isso causa o roubo (da energia e do material electrico) e a indiferença popular (dos mil) perante estes fenomenos. Enquando isso for assim a EDM tera que pagar a um exercito para lhe defender e lutar contra a maioria que nao beneficia da energia. Se mais pessoas beneficiassem teriamos um exercito de "fiscais populares" gratuitos para a EDM que estariam interessados em estancar estes fenomenos. A EDM (e, de passagem a AdM) tem que pensar em mecanismos para alargar a rede de usuários (atraves de tarifas mais baratas para os mais pobres??, outros mecanismos??) para aumentar a rede de beneficiarios e assim reduzir as sabotagens que tem vindo a sofrer? As casas das pessoas sobretudo nas zonas rurais têm tambem que ser melhoradas para poderem receber a energia. Ai os nossos engenheiros teriam que pensar de maneira INOVADORA em casas de baixo custo, mas duraveis e seguras.

Certamente os nossos chefes e engenheiros ja viajaram para outros paises e viram como eles enfrentaram estes problemas. Como é que eles os resolveram? Que soluções são essas? Será que nao servem para nos? Ou so viajaram para se divertir e aproveitar as ajudas de custo? Se assim for, entao de que se queixam? Uns roubam a energia para o seu consumo e outros roubam as ajudas de custo que também nao beneficiam em nada o pais.

As penas mais duras, com as quais concordo, são também um COMPLEMENTO a outras alternativas, não são a solução do problema.
M

Anónimo disse...

Professor: 3 noticias no portal da RM sobre a Energia:

A primeira é boa é sobre a energia atomica em moçambique. Ja temos o director da Agencia e quem é? Alguem de que de energia atomica entende tanto como eu. O Professor Dr Machili. Como é que pessoas deste nivel aceitam este tipo de cargos? E depois se diz que nao ha lambebotismo???

A 2 e a 3 sao mais noticias mais terrenas ou seja de que o Governo nao vai pagar as gasolineiras e que o uso de gas nas viaturas continua uma miragem.

Professor, quando nao conseguimos resolver os problemas a montante, intentamos outros à jusante.

E assim vai o pais, mais um tacho, com direito a viagens e outras benesses para um antigo amigo...
Assim nao vamos longe. Isto nao é trabalhar com seriedade.