05 fevereiro 2010

Jornalismo ambiental

"Do risco da leitura superficial à emergência de um jornalismo especializado" - um trabalho do jurista e ambientalista Carlos Serra Jr no "O País" desta semana, aqui.

1 comentário:

ricardo disse...

Partilho as conclusoes de Serra Jr. que, alias, tive a oportunidade de postar no dia da enxurrada.

Mas, as moscas cacam-se com mel, nao com vinagre. Por isso, considero perda de tempo e dinheiro fazer leis que, a partida serao parcialmente cumpridas ou nao cumpridas.

Penso que em relacao aos sacos de plastico, os agentes economicos, que me parecem ser os grandes incentivadores do seu uso, deveriam seguir o procedimento de seus colegas sul-africanos. Com efeito, la, os sacos sao cobrados. Uma taxa irrisoria e verdade, mas desencorajam a sua compra. Por na pratica, perdeu-se o habito de transportar-mos os nossos recipientes para as lojas. Ate ao fim do periodo socialista, todo o cidadao transportava seus bens em cestos de palha ou caixas de cartao. Foi o advento do capitalismo que trouxe os plasticos para as lojas. Primeiro como um modismo, e logo a seguir, uma justificativa para controlar os roubos que os clientes poderiam fazer. Por isso, este e um problema soluvel.

O demais materiais poluentes que a Camara Municipal nao consegue tratar eficazmente, podem-no ser pelos proprios cidadaos, induzindo-os a apanha e separacao dos residuos. Grandes urbes como o Rio de Janeiro, mas nao so, estao impecavelmente limpas. Pelos proprios habitantes. Porque tudo que e lata de aluminio, plastico, cartao, madeira, etc. e recolhido para posterior reciclagem. Esta ja e uma fonte de renda importante para muitos cariocas. E o investimento e minimo. Com o dinheiro que o municipio ja gastou em tractores, terceirizacao da recolha e meios rolantes, poderia investi-lo num centro de reciclagem e num fundo de limpeza para gerir os premios aos municipes que mais residuos nao biodegradaveis transportassem. Todos ficavam a ganhar. Na RSA pude ver um contentor onde a cada numero de latas/garrafas introduzidas, disparava um TICKET que depois era usado para levantar dinheiro ou comprar bens de consumo. Eis uma maneira criativa e util de levar as pessoas a preservar o meio ambiente urbano. Como e evidente, aqui havia parceria entre a municipalidade e alguns agentes economicos conscientes.