22 dezembro 2010

África enquanto produção cognitiva (7)

Mais um pouco da série, dedicada a mostrar como África é ideologicamente produzida, dando continuidade ao resumo das ideias de Hegel, a saber:
O continente africano não é interessante enquanto história (porque a não tem), mas enquanto receptáculo de seres vivendo no estádio da barbárie e da selvajaria. Por isso é um continente que não pode fazer parte integrante da civilização. África é o país (sic) da infância, incapaz de atingir a história consciente, envolto que está na cor negra da noite. São a natureza tropical e a constituição geográfica responsáveis por isso. Lá, em África, em lugar da história pontificam acidentes, factos surpreendentes; não existe um fim, um Estado que pudesse constituir um objectivo, não há uma subjectividade, senão uma massa de sujeitos que se destrói.
Prossigo mais tarde.
* Hegel, G.W.F, La razon en la historia. Madrid: Seminarios y Ediciones, S.A., 1972, pp. 267-299.
(continua)

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