23 agosto 2016

Dos mortos sem paz e ponto de agenda [2]

Número inaugural aqui. Escrevi, já, que esta curta série tem duas ideias. A primeira é esta: se tivermos em conta a história, somos um país produtor de mortos sem sepultura e sem paz. A segunda é esta: nos pontos agendados pela comissão mista da paz não consta o problema dos mortos no actual conflito. Vamos à primeira ideia. Na verdade, temos a nossa história cheia de guerras. Os registos escritos assinalam-nas, especialmente com o tráfico de escravos a partir do século XVII. A caça ao escravo criou milhares de mortos sem sepultura, seus espíritos errando sem paz, camponeses e artesãos fugindo sem descanso.

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