Segundo número aqui. Escrevi, já, que somos um país produtor de mortos sem sepultura e sem paz. Falei-vos do tráfico de escravos, observando que deu origem a milhares de mortos sem sepultura, seus espíritos errando sem paz, camponeses e artesãos fugindo sem descanso. Mas o percurso castrense prosseguiu de forma severa. A ocupação militar colonial a partir de 1886 e os conflitos entre Portugal e a Alemanha no decorrer da Primeira Guerra Mundial (especialmente entre 1916 e 1918 no norte/centro do país) ampliaram o medo, a morte, o saque e a fuga nas comunidades aldeãs.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
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