01 junho 2016

Causas socialmente úteis [4]

Número anterior aquiPorém, com frequência, estabelecemos induções que economizam o imperativo da frequência estatística e que são objectivamente erradas, ainda que subjectivamente “correctas” e socialmente úteis [e que, não poucas vezes, são também politicamente úteis].
Por exemplo: se das duas vezes que bebeu água gelada (A) o Sr. Mulai ficou com dores de dentes (B), ele será levado, muito naturalmente e frequentemente, a estabelecer uma conjunção A > B. O sr. Mulai estabelece uma conexão necessária, como diria Hume, a partir de um fenómeno de contiguidade e de sucessão cuja necessidade ela potencializa. Ele produz um “vínculo de necessidade causal”, no qual a contradição térmica (frio da água/quente da boca) é instintivamente, mecanicamente mobilizada.

2 comentários:

Manuel Lobo disse...

Tenho uma questão para o professor e que acho que o professor podia dissertar em próximas ocasiões: O que o professor acha sobre a liberdade de imprensa no pais na actualidade. Qual a sua evolução histórica no contexto nacional e quais as expectativas para o futuro.

Obrigado

Carlos Serra disse...

Bom dia e obrigado pela sugestão. Ando um pouco ocupado com uma coleção que dirijo, mas verei o futuro. Em todo o caso, amanhã coloco aqui uma postagem alusiva, com algumas hipóteses pessoais.