Sexto número da série. Não há, até agora, nenhum comprovativo oficial de ter havido uma explosão na Escola Secundária de Nampula. O que parece ter havido é um curto-ciruito acompanhado de cheiro a queimado. A tensão nervosa decorrente da realização de provas trimestrais pode ter contribuído para, num dado momento, alguém ter visto e sentido o fenómeno A quando se tratava do fenómeno B, de muito menor envergadura e perigosidade. Sugestibilidade e credulidade colectivas, com manifestações de índole variada, podem nascer rapidamente de estados de tensão nervosa. A multidão estudantil em pânico formada na escola pode ter tido aí a sua origem. Mas é necessário tornar mais complexo o presente conjunto de hipóteses.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
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