04 janeiro 2014

Praças digitais

E nestes fantásticos espaços, enormes praças digitais, tipo facebook ou twitter, vamos desfilando, feios querendo parecer bonitos, velhos querendo parecer jovens, seres múltiplos querendo parecer não importa o quê, eles-próprios mascarados de eles-segredo, fotos fantásticas escondendo identidades reais, cibercidadãos exibindo feitos, proezas, vitórias, dores, esperanças, ansiedades, sonhos, ditos de outrem. Que distância abissal entre o tempo do telefone com fios e da escrita com máquina de escrever e este cibertempo instantâneo feito de bytes e de arquivos imateriais.

3 comentários:

Lidia Maria de Melo disse...

Ao mesmo tempo que aproxima quem está longe, distancia quem está perto. E somos cada vez mais solitários e iludidos.

ricardo disse...

E no futuro, haverá 1000 Facebookers em Marte!

Carlos Serra disse...

A vida é uma antífrase bem mais real do que pensamos, é um casamento permanente entre o Mesmo e o Outro bem mais forte do que supomos. Tomando a internet como referencial geral e as redes sociais como vasos capilares de um novo conceito do social em particular, defendo que somos capazes de nos unir em torno de um ideal no preciso momento em que, conhecendo-nos, nos desconhecemos.
https://eduardo-mondlane.academia.edu/CarlosSerra/Posts/741582/p-Conhecidos-que-se-desconhecem--p--p-A-vida-e-uma-antifrase-bem-mais-real-do-que-pensamos-e-um-casa