17 dezembro 2013

O boato do tira-camisa e a síndrome de Muxúnguè (19)

---"No terreno, não se constatou quem foi recrutado, onde, como, quando e nem o quartel onde eles estejam a treinar, neste momento. Estas cinco evidências não são comprovadas.”
---"No terreno, a nossa equipa de reportagem interpelou muitos jovens sobre o assunto, no entanto, ninguém conseguiu apresentar prova desta informação, limitanto-se apenas a afirmar que circulava informação de que muitos jovens estavam a ser recrutados para tropa."
---"Se as pessoas definem certas situações como reais, elas são reais em suas conseqüências."
Décimo nono e último número da série. Décimo segundo ponto do sumário apresentado aqui12. Conclusão. O objectivo central deste trabalho consistiu em apresentar uma hipótese concernente às infra-estrutruras sociais e mentais cristalizadas no boato do recrutamento compulsivo surgido na Beira e no Dondo.
E tal como escrevi no trabalho publicado neste semanário a 16/08/2013, foi também fundamental neste outro trabalho ressaltar a existência simbólica do fenómeno, o seu significado enquanto fusível social, um fusível que saltou devido a um curto-circuito, a um excesso de corrente social traumática.

(fim)

1 comentário:

Salvador Langa disse...

Anda tanta confusão sobre raptores e recrutamentos que qualquer dia não se sai à rua.