(continua)
Adenda: Investigadores de uma unidade independente da polícia sul-africana recolheram 300 cápsulas de bala no local do massacre que durou menos de um minuto, tendo já em sua posse 45 armas de fogo usadas no ataque, enquanto 180 testemunhas foram chamadas para depoimentos - versão do BussinessReport aqui.
Adenda 2: Roteiro histórico da greve e do massacre segundo a Wikipedia, aqui.
Adenda 3: Comunicado de imprensa do Instituto Sul-Africano de Relações Raciais, aqui.
Adenda 4: Comunicado do Partido Socialista da Azania, aqui.
Adenda 5: Um trabalho de Justice Malala no TheGuardian, aqui.
Adenda 6: "Nenhum acontecimento desde o fim do Apartheid pode resumir a superficialidade da transformação neste país como o massacre de Marikana. O que ali aconteceu irá ser discutido por muitos anos. Já é evidente que os mineiros irão ser culpados de serem violentos. Os mineiros serão retratados como selvagens. Ainda assim, a verdade é que a polícia fortemente armada com munições reais disparou e matou brutalmente mais de 35 mineiros. Muitos mais ficaram feridos. Alguns irão morrer por causa desses ferimentos. Outros dez trabalhadores já tinham sido assassinados nas vésperas deste massacre." - Uma tragédia brutal que nunca deveria ter acontecido - título do editorial da revista sul-africana Amandla, em inglês aqui, em português aqui.
Adenda 7: A política sangrenta da platina - o que está por trás do massacre, incluindo os negócios - um trabalho de Charlie Kimber aqui.
Adenda 8: O protesto e o canto das esposas dos mineiros aqui.
Adenda 9: "A cena era muito comum nos anos em que a África do Sul era dominada pelo regime segregacionista do Apartheid. De armas na mão, policiais observam os corpos de manifestantes no chão, ensanguentados, após o protesto ser “contido” pelas autoridades. Nos anos 1990, os policiais eram brancos e, os mortos, todos negros lutando por igualdade. Hoje, os corpos continuam sendo de negros, mas muitos policiais também são. O conflito não é racial, mas trabalhista. É a África do Sul de 2012, livre do atroz regime da supremacia branca, mas ainda flagelado pela desigualdade e por um mercado de trabalho cruel." - aqui.
Adenda 10: Um trabalho no StarAfrica.com, aqui.
Adenda 11: o Partido Comunista Sul-Africano emitiu um comunicado de imprensa no qual criticou o que chamou "caos", "anarquia" e "violência", pedindo a imediata prisão dos que entende serem os coordenadores da greve. Nenhuma palavra sobre a acção policial e sobre o massacre. Num outro comunicado sobre a violência, pediu à polícia para deter os que apelidou de "hooligans". Também neste caso nenhuma referência à polícia e ao massacre. Aqui e aqui.
Adenda 12: saiba o que revela um relatório da Fundação Bench Marks sobre as condições de vida e trabalho na mina de platina Lonmin, aqui e aqui; uma referência em português aqui; termine lendo vários relatórios da Fundação sobre as minas sul-africanas, aqui.
Adenda 13: no Falando Constitucionalmente, aqui.
Adenda 2: Roteiro histórico da greve e do massacre segundo a Wikipedia, aqui.
Adenda 3: Comunicado de imprensa do Instituto Sul-Africano de Relações Raciais, aqui.
Adenda 4: Comunicado do Partido Socialista da Azania, aqui.
Adenda 5: Um trabalho de Justice Malala no TheGuardian, aqui.
Adenda 6: "Nenhum acontecimento desde o fim do Apartheid pode resumir a superficialidade da transformação neste país como o massacre de Marikana. O que ali aconteceu irá ser discutido por muitos anos. Já é evidente que os mineiros irão ser culpados de serem violentos. Os mineiros serão retratados como selvagens. Ainda assim, a verdade é que a polícia fortemente armada com munições reais disparou e matou brutalmente mais de 35 mineiros. Muitos mais ficaram feridos. Alguns irão morrer por causa desses ferimentos. Outros dez trabalhadores já tinham sido assassinados nas vésperas deste massacre." - Uma tragédia brutal que nunca deveria ter acontecido - título do editorial da revista sul-africana Amandla, em inglês aqui, em português aqui.
Adenda 7: A política sangrenta da platina - o que está por trás do massacre, incluindo os negócios - um trabalho de Charlie Kimber aqui.
Adenda 8: O protesto e o canto das esposas dos mineiros aqui.
Adenda 9: "A cena era muito comum nos anos em que a África do Sul era dominada pelo regime segregacionista do Apartheid. De armas na mão, policiais observam os corpos de manifestantes no chão, ensanguentados, após o protesto ser “contido” pelas autoridades. Nos anos 1990, os policiais eram brancos e, os mortos, todos negros lutando por igualdade. Hoje, os corpos continuam sendo de negros, mas muitos policiais também são. O conflito não é racial, mas trabalhista. É a África do Sul de 2012, livre do atroz regime da supremacia branca, mas ainda flagelado pela desigualdade e por um mercado de trabalho cruel." - aqui.
Adenda 10: Um trabalho no StarAfrica.com, aqui.
Adenda 11: o Partido Comunista Sul-Africano emitiu um comunicado de imprensa no qual criticou o que chamou "caos", "anarquia" e "violência", pedindo a imediata prisão dos que entende serem os coordenadores da greve. Nenhuma palavra sobre a acção policial e sobre o massacre. Num outro comunicado sobre a violência, pediu à polícia para deter os que apelidou de "hooligans". Também neste caso nenhuma referência à polícia e ao massacre. Aqui e aqui.
Adenda 12: saiba o que revela um relatório da Fundação Bench Marks sobre as condições de vida e trabalho na mina de platina Lonmin, aqui e aqui; uma referência em português aqui; termine lendo vários relatórios da Fundação sobre as minas sul-africanas, aqui.
Adenda 13: no Falando Constitucionalmente, aqui.
5 comentários:
Thank you, Carlos Serra.
Do you have any information regarding the nationality of the miners killed and wounded at Marikana ? Were there Mozambique miners among the victims ?
"(...)livre do atroz regime da supremacia branca, mas ainda flagelado pela desigualdade e por um mercado de trabalho cruel.". Este e que o ponto afinal. E desde sempre. Vi na TV as declaracoes do dono da mina apos o massacre - um britanico - que fleumaticamente dizia que os mineiros deveriam voltar a trabalhar. Danem-se os mortos. Danem-se as condicoes de trabalho. O paradigma e de se manter (sic).
O que preocupa, ja o disse aqui, e o facto do sistema socio-economico da RSA ser considerado o modelo de construcao da SADC, que tem sido reproduzido no nosso quotidiano, cada vez mais. Nao me vou alongar com exemplos, pois este blogue ja os tem apresentado. Mas quando eu vejo a sra. Clinton a defender que o hub dos investimentos dos EUA na SADC e JHB, posso deduzir que o modelo e aceite por muitos. O mesmo diria em relacao aos BRICS que tambem fazem da RSA o seu porto seguro de negocios.
Nos ja DIFICILMENTE aturaramos os nossos Freddies Kruegers domesticos. Imaginem quando formos - tal como Portugal - obrigados a conviver directamente com os da RSA?
Isso, para mim, e o aspecto mais relevante a reter.
É muito rebuscado alegar legítima defesa de 3000 agentes policiais militarmente treinados, equipados com helicópteros, blindados, granadas, gás lacrimogéneo, metralhadoras, pistolas e coletes anti-bala contra 3000 operários em greve, sem qualquer tipo de treino, munidos de paus, catanas, fisgas e unhas.
QUEM DEU A ORDEM PARA ABRIR FOGO?
Extraordinário trabalho de recolha e orientação de informação. Estranha posição a dos comunistas.
simples: quem governa a África do Sul?
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