2. Análise de conteúdo: como escrevi no número anterior, o sms de 31/05/2012 tinha três partes: na primeira literalmente impunha a ideia da greve ("esta sexta-feira vai haver grande greve...", na segunda exibia em catadupa vários supostos desagravos sociais ("por causa das barracas removidas, custo alto dos chapas, preço de tomate, batata, arroz, pão, etc.") e na terceira ameaçava (não deixar as crianças sair de casas, residências, escolas e lojas serão assaltadas). Permitam-me iniciar uma pequena análise de conteúdo. Primeiro, repare-se que os destinatários do sms são considerados mero receptáculo da mensagem, objecto passivo cuja função é unicamente a de registar e proceder conforme, em consonância com um suposto núcleo primordial de grevistas.
Se não se importam, prossigo mais tarde. Imagem reproduzida daqui.
(continua)
3 comentários:
O ambiente de medo que se gerou apos o sms faz lembrar o tempo da guerra civil quando bastava alguém dizer: 'hoje há-de haver um ataque dos bandidos, ou a força aérea vai hoje bombardear' para o pánico gerir as nossas vidas. O que me obriga a reflectir sobre se de facto estamos em paz uns com os outros ou se esta é apenas uma paz formal.
Não é este um estado de guerra latente que as cada vez maiores desilgualdades de "oportunidade social" estão a incubar?
Al-Kaedas.
Nao ha duvidas, as elites andam (mesmo) assustadas com POVO...
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