03 maio 2012

Prismas

O prisma de leitura e interpretação dos fenómenos está bem exemplificado nas duas imagens em epígrafe, documentando, a propósito dos dados de um mesmo relatório da Organização Internacional do Trabalho, o prisma do "Notícias" aqui e o prisma da "Rádio Moçambique" aqui. Para acesso ao relatório completo, confira neste diário aqui.
Adenda às 9:34: sobre o informe do procurador-geral da República, Augusto Paulino, ontem apresentado na Assembleia da República, compare o prisma do "Notícias" aqui com o do "Canal de Moçambique" aqui.

5 comentários:

Salvador Langa disse...

E que "prismas" Caro Professor.

ricardo disse...

E por falar em OIT. Acompanhava eu um debate na RTP Informacao. Frente a frente, os sindicalistas e o patronato. Os primeiros defendiam que a OIT, hoje mais do que nunca, tem uma palavra a dizer na resolucao do problema da crise mundial. Ja o patronato defendia que a EUROPA deve cuidar dela propria, fechando as torneiras para os outros espacos economicos se possivel.

O interessante e sentir isso vindo do empresariado luso, avido por exportacoes para fora do espaco geografico europeu, e que nos chegam as carradas...

Apela-se a devida reflexao.

nachingweya disse...

Outro exemplo de expatriação economica vem aqui do vizinho recém-casado-outra-vez. São carradas mais silenciosas e, ao que parece, concertadas. Provavelmente em reacção às políticas de descriminação positiva que vão também promovendo alguma preguiça a par do consumo.
E nós? Apregoando que a terra não se vende quando está a ser comprada aos aldeões e camponeses a troco de quinhentas e delírio alcoólico. Onde? Ao longo dos cursos de água. Confiram, para exemplo,as margens do Umbeluzi onde, o Estado desatento, já praticamente cedeu a barragem dos Pequenos Libombos para irrigar bananais.
Por causa de uma ilusão de desenvolvimento que um PIB normalmente sugere,o Estado está a permitir que estrangeiros com recursos tomem posse da terra por expropriação aos camponeses a quem prometem postos efemeros de trabalho que acabam em exploração e descriminação.
Daqui a 15-20 anos os sobreviventes questionarão a razão da nossa luta contra o colonialismo.
Os mais atentos já veêm o esboço da fotografia. O quadro é pouco animador porque se trata de uma ocupação consentida.

ricardo disse...

Se calhar porque nos temos a obsessao de nos preocuparmos com visoes micro do bem comum...

nachingweya disse...

É a fatal reedição de Tchaka Zulu trocando pepitas de ouro por missangas, espelhos e Gin.