19 setembro 2011

Sobre os protestos nas ruas de Luanda

Um trabalho da jornalista Lara Pawson no The Guardian sobre os protestos de jovens nas ruas de Luanda, capital de Angola (com 22 comentários no momento em que escrevo), aqui. Para traduzir, aqui.

7 comentários:

nachingweya disse...

Começa assim: semeamos o vento, adubamo-lo com a nossa tiránica postura em busca da obediência nacional a que chamamos unidade e depois, naturalmente, colhemos tempestades.
Se a China e a Rússia continuarem a deixar pode ser que a NATO julgue oportuno ajudar a população civil de Cabinda no seu projecto de auto determinação.

PS.: A propósito, como vai a revisão da nossa Constituição? Lambuzados com o efeito dos jogos africanos e atentos às intercalares pode ser que andemos distraidos no essencial.

Salvador Langa disse...

Nos textos oficiais tutelados por Luanda a Unita aparece como operador de serviço. Regimes mal com aceitação popular nunca aceitam que o povo possa estar carente de nundanças, procuram sempre operadores exteriores.

Lili disse...

Feliz ou infelizmente o poder é um vício, quanto mais temos mais queremos e acaba enloquecendo as pessoas que fazem o seu uso.

Lili

Muna disse...

"...nas coisas do poder político quem não liberta a sociedade, com transparência e responsabilidade, amarra-se a si próprio ao comboio da hecatombe".

Faço minhas as palavras de Marcolino Moco.

Zicomo

ricardo disse...

O que vemos acontecer em Angola nos tempos recentes e o que nos sucedera daqui a 5 anos. Aliados Naturais. Uma Genese Comum. Mas as fissuras existem sempre. Uma familia real (heroica nas escrita de Pepetela) tambem. E nao ha realeza, sem entourage. Por sinal, muito abastada. Finalmente, ha um Cerberos sob a cabeca dos plebeus que e uma TROIKA: O MPLA que determina, O Ministerio da Informacao que doutrina, e a Comunidade de Servicos de Inteligencia (Presidencia, FAA e Ministerio do Interior), que executam eficientemente. Tao eficientes, que ate parece que nao sao de Angola. E um insulto a nossa inteligencia acompanhar um telejornal de ambas TPAs. Por exemplo, quando se comemorou o dia da cidade do Huambo, apareceram alguns locais a repetirem o mesmo slogan " nao somos tribalistas, gostamos do Governo e do Partido (MPLA), os jovens nao devem se manifestar, porque o pais nao precisa de agitadores...". E porque usar a media para amplificar isto? Qual e o receio dos governantes de Angola? Mas a guerra contra a UNITA nao acabou em 2001 com a morte de Savimbi? Parece que nao...

Paulo disse...

Um governante angolano falou mesmo num plano "diabólico"...Reis não há apenas na Swaziland, reis não gostam de protestos...

BMatsombe disse...

Conhecemos bué a JEScracia.