Açodadas, finalmente libertas do pesadelo dos chapas, as empregadas domésticas vão chegando manhã cedo ao bairro, cruzando-se com os fazedores de marcha ou de corrida e cumprimentadas com piropos pelos guardas privados meio sonolentos.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
6 comentários:
Muito belo.
Mas...
Será que o chapa é só pesadelo (que também é)?
E os piropos dos sonolentos guardas, serão apenas a "obrigação", que também são?
Mas muito belo, repito,
Elas são poliedros...Obrigado e abraço.
Onde quer que esteja, em qualquer altar, sempre a lucubrar o Professor Paulo Granjo.
Zicomo
> ... libertas do pesadelo dos chapas, mas não da preocupação com os filhos que, noite escura, ficaram ainda a dormir, e, sabe-se lá o que os espera ao acordar, para conforto os estomagos.
Como o Granjo: belo.
Como o Granjo: belo.
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