30 setembro 2011

Capa do "Savana" de 30/09/2011

Logo que oportuno inicio aqui a publicação do habitual Dossier Savana, edição de 30/09/2011. Amanhã deverei inserir, destacado, o não menos habitual "À hora do fecho" do jornal. Se quiser ampliar a imagem, clique sobre ela com o lado esquerdo do rato.

4 comentários:

Salvador Langa disse...

Construiu-se uma vila olímpica, os jogos acabaram e agora vendem-se os apartamentos como se o desporto tivesse sido só naquele período em que houve.

Anónimo disse...

Pois é, caro Salvador,

Construiu-se a Vila Olímpica,com recurso a financiamento de curto prazo, DONDE, é preciso assegurar a liquidez para se pagar aos credores nas datas acordadas.

A forma de o fazer é vender as casas por um preço que permita ao Estado honrar os compromissos externos e contribuir para a melhoria das condições de habitabilidade de quem for elegível (tiver capacidade financeira/ salário para pagar a prestação).

Em todas as partes do mundo, uma parte das infraestruturas que se fazem para grandes eventos, acabam por ser vendidas, pois, de contrário seriam mais um peso para o orçamento de Estado.

O importante, no meu entender, seria o Estado legalizar 1º a constituição do Condomínio e contratar empresa para a sua gestão, deixando claro nos contratos de compra as penalizações para quem não cumpra com o regulamento da co-propriedade. Se isto não for feito, muito rapidamente poderão surgir problemas.

Finalmente, considerando que o Estado tem que rapidamente vender para pagar aos financiadores, a forma de o fazer é através da negociação de linhas de crédito com a Banca. Esta paga ao Estado; este paga ao financiador e a Banca fica credora com hipoteca e outras garantias dos compradores.

Não se tratando de habitação social (porque feita com empréstimos comerciais de curto prazo, e o Estado "nós" não temos recursos para subsidiar), não há senão vender a quem for elegível para estas condições específicas de ercado.

ricardo disse...

Eu sou de opiniao que nao deveria ser o ESTADO, mas sim empresas escolhidas por concurso publico aberto a ocuparem-se de projectos imobiliarios desta jaez. Alem do risco financeiro que e para um Estado endividar-se com imobiliario, ha sempre a questao de um padrao de qualidade da construcao, que ao que tenho visto em Mocambique, ela varia bastante em funcao do empreiteiro.

Mas tambem concordo, o destino da Vila Olimpica so poderia ser aquele, a menos que quisessemos ter os credores a perna.

P.S.

De Portugal recebi na semana um cartaz propagandistico de uma conhecida construtora portuguesa promovendo a venda de casas em Mocambique. Local: Vila Olimpica do X Jogos Africanos. E o que se chama agir por antecipacao.

Anónimo disse...

A questão da qualidade, levantada pelo Ricardo, é extremamente importante.

Não será de admirar que o tipo de construção utilizado, e os materiais, possam trazer problemas a breve prazo.

Por essa razão, entendo que a Banca que vier a negociar esta operação de financiamento com o Governo (para financiar compradores) deveria começar por criar uma entidade para a gestão do condomínio, que se encarregará da gestão, manutenção, conservação e grandes reparações nas partes comuns e definirá à partida como tratar os problemas que vierem a detectar-se nas fracções autónomas, de modo a salvaguardar o conforto de todos. Prevendo desde logo, os mecanismos jurídicos que permitam, facilmente accionar os não cumpridores, sempre que soluções extra-judiciais /arbitragens não resultem num prazo razoável.