07 março 2011

Prismas

8 comentários:

ricardo disse...

Na guerra do deserto, este tipo de comunicado e muito comum. Porque na guerra do deserto, ganha quem tiver maior mobilidade. E nesse particular, tem-na Kadhaffi e suas forcas. Bem entendido, a guerra no deserto e equivalente a uma batalha naval, onde os carros de combate sao os navios e as cidades ilhas fortificadas. Esta interpretacao estrategica da guerra foi uma inovacao alema na 2a Guerra Mundial - por sinal no mesmo local - feita por Erwin Rommel. Com efeito, com apenas 30.000 homens mecanizados e blindados, Rommel empurrou os britanicos ate 100km proximo de Alexandria (Egipto). Perdeu a guerra quando a sua forca aerea foi derrotada no meditarraneo o que lhe cortou as linhas de abastecimento. Pelo que pude apreciar, Kadhaffi detem o maior e melhor espolio de blindados, logo, tem vantagem. E se acrescermos ataques cirurgicos da forca aerea, a vantagem sera ainda maior. Nao vislumbro, dentre os rebeldes, algum Erwin Rommel libio...

A menos que esse surja repentinamente vindo de algum porta-avioes da NATO. Pouco provavel, ja que, tanto a Europa, quanto a Liga Arabe, preferem Kadhaffi aos rebeldes.

V. Dias disse...

De facto, o que conta numa guerra é a propaganda.

Zicomo

Tomás Queface disse...

Entretanto, obama solicitou ao rei da Arabia Saudita que apoiasse militarmente os rebeldes libios de acordo com um artigo publicado no Independent.

http://www.independent.co.uk/news/world/middle-east/americas-secret-plan-to-arm-libyas-rebels-2234227.html

V. Dias disse...

Este Queface? Meu Deus.

Zicomo

Tomás Queface disse...

Viriato, tal como tu, sou contra regimes dictatoriais. Mas uma coisa certa é que os ocidentais nunca estiveram do nosso lado. A historia é testemunha disso. Sempre fomos marginalisados e colocados no segundo plano. Hoje eles vem e dizem-nos como devemos ser e agir. Temo que o que aconteceu com o Iraque e Afeganistao aconteca com os paises africanos: colonizados. O professor Serra colocou um texto que reflete em parte o que estou a tentar dizer: "Ideologia e dominacao social". Tudo que sabemos sobre os acontecimentos na Libia é através dos mídias. Há que tambem colocar um ponto de interrogacao nas noticias que nos sao trazidas. Mas sublinho novamente, nao apoio regimes ditatoriais

ricardo disse...

Mas quem e que ja esteve alguma vez do lado dos africanos? Os orientais? Os centrais? Os setentrionais? Ou os meridionais?Parece-me que nunca ninguem afinal. Entao, por que clamam tanto por ajuda externa os africanos quando decidem tomar as suas decisoes?!

Eis as questoes.

Tomás Queface disse...

Ninguem ja esteve do nosso lado, e as ajudas externas nao sao exactamente "ajudas" no verdadeiro sentido da palavra. Nos temos que estender as maos e nos centralizarmo-nos nos nossos problemas e tentar criar solucoes por nos mesmos. Talvez ai os restantes blocos mundias paravam de se interferir nos nossos assuntos.

Abdul Karim disse...

Entao agora fico pensativo,

Afinal o que 'e nos impede de procurarmos solucoes pra nos proprios ?

Porque nao conseguimos de facto, sentarmo-nos numa mesa e cordialmente resolvermos os nossos problemas ?

Porque tivemos que andar a "pancadaria" e continuamente entrarmos numa de "fazer desaparecer" pessoas ?

Porque nao, civilizadamente estabelecermos "parametros de entendimento", regras de conduta, pra vivermos em harmonia, com entre-ajuda, boa educacao, e felicidade para todos, sem "esmolar" ?

Onde esta a dificuldade ?

Porque quando entre nos, nos queremos ajudar, somos tratados como se de inimigos se tratasse ?