23 março 2011

Cinco riscos espreitando os jovens cientistas sociais moçambicanos (6)

O sexto número da série.
Escrevi no número inaugural ser possível considerar cinco importantes riscos que espreitam os jovens cientistas sociais moçambicanos. Quais são esses riscos? Esses riscos são os seguintes: (1) o risco do amor ao conforto do gabinete, (2) o risco do amor às opiniões, (3) o risco do amor às consultorias dos temas da moda, (4) o risco do amor à ascensão política e (5) o risco da vaidade paroquial.
Brevemente de regresso ao quarto risco, sempre operando com hipóteses. Na verdade, pode acontecer que o jovem mestrado ou doutorado não se contente com ser mestre ou prof doutor. Ir mais acima alberga um horizonte bem mais aliciante. Por isso o estatuto universitário pode ser meramente passageiro, espécie de limbo, os músculos científicos requerem musculação política, ministerial de grande preferência, ao nível de deputado em média instância, de director nacional em última. E, agora, resta mais algum risco? Resta sim, o da vaidade paroquial, o da vaidade de mandarim, tema do próximo número.
Prossigo oportunamente.
(continua)

3 comentários:

Salvador Langa disse...

A vaidade a vaidade dos mufanas.

Xiluva disse...

Custa ser humilde...Só ver a febre dos diplomas...e o desprezo por aqueles que nao têm isso..

ricardo disse...

O sistema instituído é que é "perfeito". Pois está ao alcance de todos...

Basta só seguir a receita de bolo e aguardar a sua vez!

A questão que subjaz é que afinal, NÓS, que tanto lamentamos a situação, somos os principais responsáveis por sua persistência.

Alguém me explica esta evidente contradição?