O "Notícias" online de hoje descreve o informe anual sobre o estado geral da nação ontem apresentado na Assembleia da República pelo presidente Guebuza, acrescentando no último parágrafo do relato que a Renamo abandonou a sessão plenária "em protesto contra o não provimento do seu pedido de convocação do Governo para dar explicações sobre o alegado envolvimento de altas figuras do Estado no narcotráfico, segundo o site WikiLeaks." O "Correio da manhã" não tem uma única linha dedicada ao informe, mas inclui um texto sobre os telegramas do WikiLeaks relacionados com o nosso governo. O "O País" escreveu que os deputados da Renamo abandonaram "ruidosamente" (sic) a sala de sessões do parlamento, repetindo o que já tinham feito em 2008 e 2009. O quadro descritivo fica mais preenchido com o "Mediafax", que exibe dados dos bastidores do informe, assegurando que uma centena de pessoas da segurança - "fortemente armadas" (sic) - esteve à entrada do edifício da Assembleia da República revistando as pastas dos deputados, especialmente as da oposição. Daí que, descreve o jornal, "realmente os apitos e todo o resto ficaram fora". O jornal assegura que "todos os instrumentos barulhentos a partir de apitos, latas e batuques estavam preparados para revindicar (fazendo barulho), caso o informe do Presidente da República não satisfizesse as expectativas dos deputados". Antes do início da intervenção do presidente Guebuza, a Renamo abandonou a sala.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
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