01 dezembro 2010

Voz cidadã

No meu recente trabalho intitulado Graça, Marcelino e Rebelo: a frente crítica, escrevi que boa é a temperatura partidária de um país quando um partido pode crescer na interface e na competição entre ideólogos e utópicos (leia o texto e o significado desses dois termos aqui). Entretanto, segundo o "Diário de notícias", "A Frelimo afasta a possibilidade de sancionar os membros que ultimamente criticam em público o rumo que a força política está a seguir, considerando a contestação um sinal de “vitalidade” do partido." Aqui.
Observação: aborrecida deve estar certa gente com semelhante decisão, aquela que não só não suporta o tipo de críticas feitas por pessoas como Graça Machel, Marcelino dos Santos e Jorge Rebelo, como amaria vê-las  castigadas e desprovidas de voz cidadã (sugiro recorde o tema da "estética punitória" na minha série chamada "Opiniologia", aqui).

4 comentários:

Abdul Karim disse...

Muito Positivo,

Ao comecar aceitar-se criticas, ainda que internas, comeca-se a ser mais tolerante e isso 'e muito Bom,

Acredito que 'e segunda decisao muito lucida do partido no poder, nos ultimos tempos,

E saem as duas ao mesmo tempo, a primeira com o convite do pr para os "inputs" para o CRM,

Acredito que ao ser mais tolerante, interno e externo, abre-se espaco para criticas construtivas, e ai pode ser o principio de inclusao e respeito pela diferenca de pensamento e preferencia partidaria,

Afinal, todos queremos o Melhor Para Pais e consequentemente para Todos.

Unknown disse...

Sou muito ceptico a isso a saida do Comiche do CMM nao 'e castigo?

ricardo disse...

Felizmente, a Santissima Trindade nao e dogma para todos os religiosos. Nem sequer da maior parte deles...

Por isso, que siga a brigada do reumatico com a sua cruzada patriotica para entreter incautos, enquanto seus rebentos vendem um pais a retalho e mudam a sua Lei Mae. Critica e auto-critica, na mais pura tradicao comunista.

Correm editos que certa vez, estavam Lenin, Stalin e Gorbatchov no expresso trans-siberiano, quando de repente o comboio fez uma travagem monumental.

- Qual foi o inimigo do povo que sabotou a carruagem socialista? Vociferou Lenin.

- Fuzile-se imediatamente o suspeito! Bradou Stalin.

- Ehh...fechem-se a janelas da carruagem...assim fazemos de conta que estamos a andar... Vaticinou Gorbatchov.

Reflectindo disse...

Tenho uma curisidade. Vi nas fotos do jornal O País que pelo menos Marcelino dos Santos e Jorge Rebelo estavam na última sessão do Comité Central da Frelimo. Daí a minha curiosidade de saber se eles fizeram chegar as suas críticas aos seus camaradas.