O editorial de Salomão Moyana no semanário "Magazine Independente" datado de hoje tem o título em epígrafe e pode ser resumido assim, com recurso (entre aspas), aqui e acolá, a frases do autor: o país corre rapidamente para uma convulsão social pior do que a registada a 5 de Fevereiro de 2008 devido a uma "escalada descontrolada no custo de vida", em particular nos meios urbanos. Disse-se que o país depende do exterior, mesmo nos hortícolas. Então, como não se produz internamente, procura-se a moeda externa para se fazerem compras na África do Sul, procura-se que faz subir o preço dessa moeda, o que por sua vez gera a desvalorização do metical. Não há medidas governamentais à vista. O que há? Há que enquanto o governo afirma que é preciso aumentar a produção, multiplicam-se - na mira das ajudas de custo - as deslocações de dirigentes aos distritos provocando a paragem da produção com comícios e reuniões de todo o tipo. O país tem 30 ministérios cheios de gente de "eficácia duvidosa para soluções que se impõem para este momento". Urge avaliar a eficiência governamental e desencorajar as "práticas anti-produção" do tipo comícios, reuniões prolongadas e "visitas". É necessário agir depressa e bem e não, como é habito, no mundo da retórica (p. 7).
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
1 comentário:
Gostei Salomão...assim alguém de responsabilidade leia e passa à prática alguns dos conselhos
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