12 agosto 2010

Mazula critica Ministério da Educação

Imagem reproduzida daqui.

11 comentários:

V. Dias disse...

Hum, quando esteve na reitoria da UEM não fez boas coisas, hoje critica um sistema que ele ajudou a criar. Não sei não...

Zicomo

Abdul Karim disse...

Esta tentar fazer o seu papel,

Nao tem outra alternativa,

Esta a virar,

A mudar de cor,

Daqui a pouco, ja nao vai ser aquele que esteve no observatorio eleitoral,

Como dizia o meu amigo UmBhalane,

Camaleao muda de cor,

parece crocodilo a esconder os dentes.

belmiro Simão disse...

De que papel está a falar, sr.Abdul? Qual era a cor inicial de Mazula? E a actual? Já agora a que faceta de Mazula se refere? Mazula academico? Administrador? será que os escritos academicos de Mazula eram ofuscados e amordaçados pela sua posicão administartiva? sabe em que circunstância proferiu a crítica a que se refere o Prof Serra?

Abdul Karim disse...

Sr belmiro Simao,

Chega tarde 'a sala e ja comeca armar-se.

Esplica voce entao, eu quero ouvir.

Eu nao sei, comeca explicar.

ricardo disse...

De facto, Abdul Karim, nao percebo nenhuma diferenca substancial entre o que Mazula diz, e o que Sibindy faz, ou vice-versa.

Senao no facto de um ser Professor-Doutor forte e de baixa estatura, e o outro ser um Delirante-Paranoide magro e de alta estatura.

Sao duas faces da mesma moeda, criados pelo mesmo sistema de jogos de espelhos, que nos entretem nos periodos eleitorais, e que depois das celeumas iniciais para refazer o naipe, acaba tudo com tacas de champanhe em Paris, Bruxelas ou Adis-Abeba.

Abdul Karim disse...

Acabava, Ricardo.

Nos temos os 4 A's.

E o baralho tambem, eles ja nao estao na mesa.

Anónimo disse...

Eu penso que os escritos de Mazula valem por si, são escritos que têm a sua própria voz! Quem quiser criticá-los, estará a errar se usar critérios estranhos a eles! Deve fazê-lo socorrendo-se de instrumentos apropriados: argumentos que se referem aos seus escritos!«Rasgar» os livros de Mazula só porque ele disse isto ou aquilo neste ou naquele espaço parece contraproducente. De resto, a observação para a qual nos atira a falta de separação de Mazula académico e Mazula gestor remete-nos para um TPC que precisa de um trabalho sério para ser defendido com plausibilidade. Por outras palavras: o que é entenderam dos escritos de Mazula? Até que ponto há contradição entre os seus escritos e os seus actos? Na verdade esta ponte precisa de ser feita com argumentos bem fundamentados. E quem atravessar a ponte às pressas(sem o devido cuidado na análise), arrisca-se ao naufrágio(entenda-se análise simplistas! Se estiver a naufragar, socorram-me, por favor!

Abdul Karim disse...

Anonimo,

Nada vai se deitar fora,

Hao de ficar os historiadores e outros analistas a apurarem e entenderem o que quizerem.

Depois vemos as conclusoes.

ricardo disse...

"...falta de separação de Mazula académico e Mazula gestor remete-nos para um TPC..."

Puro exercicio de retorica. A soma de todos o equivocos. Mazula nunca foi gestor de nada que se parecesse com isso.

E eu nao estou a fazer confusao entre escritos e ditos. Porque, neste particular, nao me socorro do plano das teorias, mas sim de factos comprovados e observados a olho nu. E nem tenho a vergonha de repeti-lo exaustivamente, doa a quem doer.

Mazula, nao fica bem na fotografia porque afinal, tal como diz Karim, e um dos ideologos dos terriveis caminhos que a Educacao escolheu para este pais na bussola do processo de Bolonha, que ele proprio instigou a partir da UEM, para se desfazer dos adversarios politicos na academia e cumprir as agendas de quem lhe pagava o salario. E nao e por casos pontuais (Namburete e Mussa) com os quais nao simpatizo de todo. Em suma, Mazula nunca foi uma pessoa coerente. E para intelectual, e um pessimo cartao de visitas.

Se assim nao fosse, ate eu estaria a vontade para recomendar o Mein Kampf a todos amantes da democracia em Mocambique.

Porque no plano das teorias, tudo e possivel...

Anónimo disse...

Ao Sr Ricardo,

Creio que está claro que a troca de ideias aqui gira em torno do político e academico. Agora gostaria de aprender a última lição para não naufragar. A minha questão é a seguinte: é possível ser-se bom académico e mau político? ou vice-versa? ou ainda qualquer académico que faz (mal) a política é consequentemente mau académico? e Mazula, como pode ser visto? porquê? Agradeço antecipadamente a sua resposta porque vai ajudar-me a sobreviver ao naufrágio...

ricardo disse...

Bem a resposta e facil. A avaliacao que fazemos de Mazula deve ser necessariamente politica, porque nisso ele quiz singrar. Refiro-me ao academismo politico.

E nesse particular, mostrou-se um mau academico. Ate o famoso livro que escreveu, apos as eleicoes de 1994, e que impressiona pelo volume, nao passa de uma compilacao de depoimentos de outros academicos que com ele trabalharam. Uma especie de antologia. E de la para ca, as suas incursoes no mundo da politica local sao essencialmente mais elogiadas nas chancelarias estrangeiras do que no seu proprio pais.

Se Mazula decidir refugiar-se na academia, possivelmente venha a ser recordado por seus estudantes, como ja disse anteriormente, uma vez que, nesse dominio, tem creditos firmados.

Mas isso, nao lhe vai retirar o ONUS de ser questionado com toda a legitimidade: " Ate Tu, Brutus?" sempre que o assunto for Educacao. Deve-se habituar a isso.

No geral, a hipotese que coloca "é possível ser-se bom académico e mau político? ou vice-versa?" e plausivel. Temos exemplos em Mocambique. Oscar Monteiro, Sergio Vieira e Jorge Rebelo sao alguns deles. Mas, para se ser um bom academico e politico e preciso ser-se independente e coerente nas suas analises. O Prof. Marcelo Rebelo de Sousa e um belissimo exemplo que devemos seguir.

No mundo em que vivemos - inclusive em Mocambique - nao deverao haver muitos assim, contudo, talvez existam por ai perdidos em alguma Organizacao Internacional em Maputo ou enterrados como herois no Lhanguene...