15 agosto 2010

Amílcar Cabral

De Amílcar Cabral: "Nós, da CONCP, comprometemo-nos com os nossos povos, mas não lutamos simplesmente para pôr uma bandeira no nosso país e para ter um hino. Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, que nos nossos países nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”.

3 comentários:

Abdul Karim disse...

Coitado do Amilcar.

Pensava tanto, e so deu num zoologico com hipopotamos e gulopotamos.

A vida tem destas,

V. Dias disse...

Este guinense radicado em Cabo-Verde disse:

"Sou um simples cabo-verdiano que quer saldar a sua dívida de gratidão para com o seu povo." E saldou mesmo, mas não com a 'Guiné do Cabo-Verde' mas com Cabo-Verde.

A sua morte envolve-se num manto de mistérios que nem a equipa científica dos EUA consegue descobrir. Dizem algumas fontes que foi vítima de camaradas, um dos nossos obreiros da paz esteve presente na cerimónia que o vitimou. Repito, como convidado.

Cabral era um utópico inteligente, culto, intelectual, enfim, visionário. Juntar Cabo-Verde e a Guiné-Bissau é prova disso. Há coisas que não se juntam mesmo.

Polissier tem publicado muito sobre os PALOPs: vale a pena ler.

Zicomo

Unknown disse...

É naspalavras doAmilcar Cabral, do Eduardo Mondlane e outros anfricanos sensatos que devemos questional a justeza as indempendências,porque não faz sentido nenhum a transferência do sofrimento do nosso povo para a mão negra e irmã!...O diálogo éa nossa arma, aluta continua.