O sexto número desta série, que tem a cidade de Maputo como contexto de reflexão.
No primeiro período da segregação espacial, que podemos situar entre a segunda metade do século XIX e 1975, a cidade de Lourenço Marques, hoje Maputo, é claramente dividida em duas partes: a parte branca dos colonos e a parte negra dos colonizados, com uma zona intermediária destinada aos colonizados amanuenses integrados (assimilados, dizia-se). No seu livro intitulado Os condenados da terra, Frantz Fanon escreveu o seguinte: "Regidas por uma lógica puramente aristotélica, obedecem ao princípio da exclusão recíproca: não há conciliação possível, um dois termos está a mais".
Prossigo mais tarde. Imagem reproduzida daqui.
No primeiro período da segregação espacial, que podemos situar entre a segunda metade do século XIX e 1975, a cidade de Lourenço Marques, hoje Maputo, é claramente dividida em duas partes: a parte branca dos colonos e a parte negra dos colonizados, com uma zona intermediária destinada aos colonizados amanuenses integrados (assimilados, dizia-se). No seu livro intitulado Os condenados da terra, Frantz Fanon escreveu o seguinte: "Regidas por uma lógica puramente aristotélica, obedecem ao princípio da exclusão recíproca: não há conciliação possível, um dois termos está a mais".
Prossigo mais tarde. Imagem reproduzida daqui.
(continua)
1 comentário:
Ha quem diga que, a disposicao demografica da ex-Lourenco Marques, tal como a Beira, tem origem no sistema ora vigente na RSA e Rodesia do Sul...E com efeito, Luanda por exemplo, sempre foi muito mais racialmente harmoniosa do que Maputo. Aspecto que, mesmo hoje, ainda se verifica na parte antiga da cidade. Pois que, na nova Luanda (Sul), observa-se o mesmo fenomeno que e objecto de discussao aqui. A mentalidade fortaleza condominial.
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