Escrevi no número inaugural desta série que uma grande ênfase tem sido dada aos megaprojectos do país. O problema pode ser resumido assim: precisamos taxá-los, taxando-os a nossa vida melhora. Vou tentar discutir esse pressuposto com algumas mega-ideias.
Escrevi no número anterior que, sendo a ideia central a de simplesmente taxar os megaprojectos, isso significa que somos felizes com uma economia puramente rendeira. E acrescentei que está em causa não transformar, mas simplesmente recolher uma porção fiscal do que não é nosso.
Somos, afinal, portadores de uma mentalidade quádrupla: (1) cobradores de rendas, (2) exportadores de matérias-primas, (3) gestores de riquezas naturais e (4) empreendedores de negócios de lucro rápido e pouco risco. Amamos a circulação, não a produção. Temos a alma do capitalismo de chapa.
No próximo número avançarei para as mega-ideias. Imagem reproduzida de um blogue e de uma postagem de Novembro de 2010 intitulada "Transnacionais avançam sobre Moçambique", aqui.
Escrevi no número anterior que, sendo a ideia central a de simplesmente taxar os megaprojectos, isso significa que somos felizes com uma economia puramente rendeira. E acrescentei que está em causa não transformar, mas simplesmente recolher uma porção fiscal do que não é nosso.
Somos, afinal, portadores de uma mentalidade quádrupla: (1) cobradores de rendas, (2) exportadores de matérias-primas, (3) gestores de riquezas naturais e (4) empreendedores de negócios de lucro rápido e pouco risco. Amamos a circulação, não a produção. Temos a alma do capitalismo de chapa.
No próximo número avançarei para as mega-ideias. Imagem reproduzida de um blogue e de uma postagem de Novembro de 2010 intitulada "Transnacionais avançam sobre Moçambique", aqui.
(continua)
2 comentários:
Precisamente sr. Professor. E a origem do problema, sao as decisoes da segunda metade decada 80. Quando - a viva voz - proclamamos que nos deveriamos tornar uma sociedade de servicos!
Cito alguns arautos que publicamente defenderam essa opcao: Kekhobad Patel, Mario Ussene e tambem um bem-falante ex-ministro do Comercio e Industria, de origem indiana, que tambem ja havia estado no CPI. Foge-me agora o seu nome. E toda uma associacao de economistas de renome na praca. E usaram como EXEMPLO para sustentar a tese a MOZAL. Dizendo que os mocambicanos poder-se-iam enriquecer com a terceirizacao de servicos daquela multinacional.
E como evidente, o proprio Joaquim Chissano.
E no seu consulado que as alienacoes de patrimonio industrial e sua reconversao em armazens de objectivos dubios se produz com maior celeridade.
Puro engano. Pois houve realmente terceirizacao de servicos, mas quem veio ocupar o nicho de mercado foram sul-africanos ou mocambicanos em franchising com os sul-africanos. E com a SADC, qualquer esperanca de reverter o cenario - se e que alguma vez a tiveram - esvaiu-se no tempo.
Capitalismo de chapa....Ehehehehehehehe!!!!
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