02 setembro 2010

A Frelimo está a desviar-se dos seus objectivos (Marcelino dos Santos) (4)

"JS – No nosso País há várias leituras que se fazem sobre a “geração da viragem”. Qual é a sua?
MS – Acho que é dificil a gente ser antes de existir. Somos da viragem, mas o que fizemos para virar? O meu pensamento é o seguinte: a grande “árvore sagrada” é esta coisa da Independência que foi uma obra para todo o moçambicano do Rovuma ao Maputo. Agora nós temos que fazer crescer certos elementos desta “árvore sagrada”. Fizemos crescer a educacão (...)."
Continue a ler aqui.

4 comentários:

ricardo disse...

Professor,

Saltamos do (3) para o (5). E o (4) nao interessa?

Alem disso, o texto em questao ja consta dos anteriores. Nao seria melhor postar a entrevista na integra?

Estou particularmente interessado na serie.

Carlos Serra disse...

Foi erro na numeração. Amanhã é o fim da série.

ricardo disse...

Parece tratar-se da mesma questao anteriormente comentada por mim assim:

"...A desvantagem do capitalismo é a desigual distribuição das riquezas; a vantagem do socialismo é a igual distribuição das misérias (Winston Churchill)

Coerente com a sua cartilha, o politico-anciao apresenta-nos uma solucao "Khmer Rouge" para os problemas correntes do pais (http://www.edwebproject.org/sideshow/khmeryears/camps.html), o que confirma sua visao burguesa do problema do nivelamento da classe baixa, a extincao da media e o encastelamento da alta. Fiel a sua cartilha, porque estamos todos recordados da contribuicao pessoal de dos Santos, como Ministro do Plano, no escangalhamento do sistema colonial, que era injusto, mas eficiente. E sua transformacao num sistema justo, mas ineficiente, que era a economia planificada socialista. De como pela sua pena, deixamos de receber as tranches das minas do Rand em barras de ouro; e como nos enfiamos no atoleiro do Zimbabwe, a troco de promessas vas da ONU, ate hoje nunca honradas. Idealismo ou Ingenuidade politica?


E hoje em dia, como sempre, e na eficiencia por que os sinos dobram.

Mas estou de acordo que "...hoje, no quadro dum processo que deve ser o do desenvolvimento económico do País, temos
de dar o passo no desenvolvimento da agricultura, que será acompanhado naturalmente da
indústria como seu factor dinamizador...". nao como verdades de Lapalisse, mesmo porque, para alguem trabalhar, so o faz de barriga cheia, mas fundamentalmente pelo facto do "Roubo do Desenvolvimento" tao exaustivamente reportado neste blog, estar alicercado neste hiato entre o tradicional (campones) e o contemporaneo (urbe). Como passar a mensagem a um campones que vive pachorrentamente - e por geracoes - com a sua pequena horta, suas galinhas, sua batucada e casas arejadas, como os materiais de construcao ali a mao, e terrenos que lhe pertencem costumeiramente, que aquele "invasor" lhe cortou o quintal ao meio para fazer passar uma auto-estrada, uma monocultura, etc. a troco de um cargo administrativo de fachada, ou a honra de viajar como um animal do ZOO a terra dos brancos para revelar tao pitoresca existencia?!

E aqui onde eu esperava ver dos Santos a mergulhar em profundidade. Mas seria uma contra-senso, pois trata-se de um burgues nato, que afinal, como todos, tudo fara para preservar pavlovianamente os fundamentos da sua classe dominante.

É uma ideia tipicamente socialista considerar o ganho como um defeito. Eu penso que o verdadeiro defeito é ter perdas...É inútil dizer «estamos a fazer o possível». Precisamos de fazer o que é necessário (Winston Churchill)

Ao colocar a questao hiato entre o tradicional (campones) e o contemporaneo (urbe), como ponto central do problema de Mocambique, baseio-me em evidencias no terreno colhidas em Mossuril - nas cercanias do terreo paco de dos Santos - onde felizmente, ha gente (http://web.mac.com/belmoz/iWeb/belmoz/belmoz%20project.html) que pensa como eu. La, naquele local, nao ha "roubo do desenvolvimento", todos ganham, mas nao necessariamente todos ganham o mesmo. E nem poderia ser.

O que importa e que o alcance do beneficio comum seja tranversal, e nao intrigas, chantagens e imposicoes politicas de entourages parasitarias que so querem regalias e poder. O que as comunidades precisam e de GUIAS para lhes darem o arranque, porque elas ja nasceram a caminhar.

Ali no meio do mato, sem incentivos fiscais, nem lobbies nos hoteis da capital. Iniciativa e risco proprios (estrangeiros) em beneficio de todos.

E se me permitirem agora uma sugestao, creio que o Professor e Marcelino dos Santos deveriam la ir os dois juntos para fazerem o checklist das perguntas que sistematicamente nos chegam a este blog.

Tenho dito e ponto final..."

A alusao a geracao de viragem e CIRCUNSTANCIAL e reflecte o desconhecimento de dos Santos sobre o assunto...

Abdul Karim disse...

Ricardo,

A fazer check-lists, ha muitos,

O Professor, vai ter que fazer um questionario personalizado, pessoa por pessoa,

Ha muita gente que precisa de clarificar o posicionamento, e ninguem com metedologia de avalicao qualitativa das respostas para os questionarios dos check-lists.

Job so, muito Job.
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Em relacao 'a start dos camponeses, numa primeira fase, deixa-los decidir como querem fazer o start e complementa-los com trabalhos de projectos desenhados pelos alunos de economia da UEM, podera trazer solucoes ideias para os problemas,

Do ponto de vista de Gestao, devem sempre ser de preferencia, a decidir e implementar os projectos de desenvolvimento, aqueles que o conceberam e beneficiam, obvio que com alguma ajuda na supervisao e correccao em tempo util, de eventuais prooblemas decorrentes da implementacao.

O finaciamento, nao vai ser problema.