O grande actor político comanda o real pelo imaginário – Balandier, Georges, Le pouvoir sur scènes. Paris: Balland, 1980, p. 15.
10. Número anterior aqui. Quando mais pequenas as terras, quanto menos povoadas de espectáculos, mais gente aflui aos comícios, lá onde o candidato se multiplica na produção de palavras, de promessas, de gestos e de símbolos, num quadro cerimonial feérico. Saídas do espectáculo de um candidato, as sequiosas gentes logo passam a outro, sempre transversais, rodando de candidato em candidato, de espectáculo em espectáculo, das camisetes de um aos bonés de outro, dos sacos plásticos de um aos porta-chaves de outro.
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