O grande actor político comanda o real pelo imaginário – Balandier, Georges, Le pouvoir sur scènes. Paris: Balland, 1980, p. 15.
11. Número anterior aqui. Os candidatos tentam ser puro espectáculo, produtores de esperança e euforia, mecanismo compensatório para a mesmice e os horizontes tacanhos. E sendo isso, eles-próprios se sentem outros em seu messianismo, em suas promessas de parusia terrena, eles-próprios acreditam no que tentam fazer acreditar, eles-próprios se sentem multidão. Por isso acreditam que vencerão as eleições, que até já as venceram antes de se realizarem.
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