Quinto número da série. Um capítulo maior da cognição diz respeito ao julgamento, à arrumação de coisas, fenómenos e pessoas em gavetas normativas. Uma parte significativa do que se produz como análise mais não é do que um conjunto de julgamentos. O juíz é a figura primeira, o analista raramente aparece. Mais importantes do que as categorias e a estrutura lógica do raciocínio, são as representações e as ideias, os julgamentos de valor. A espinha dorsal do pensamento do dia-a-dia é constituída pela classificação das coisas, dos fenómenos e das pessoas em entidades boas e más. Prestem atenção ao que passa por análise (mesmo se pretendendo ser erudita) em vários quadrantes escritos no concernente a fenómenos da nosso social e logo vereis que quase só reinam o vitupério, a condenação, o julgamento.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
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