"Em 1970, quando os três astronautas da Apollo 13 estavam tentando descobrir como levar sua nave danificada de volta para a terra, eles estavam envolvidos em um jogo claramente de soma não zero, porque o resultado seria igualmente bom para todos eles ou ruim para todos eles." [aqui]
Décimo sexto número da série. Permaneço no terceiro ponto do sumário proposto aqui, a saber: 3. Cinco condições de paz política em Moçambique, finalizando o último subponto da série, a saber: 3.5. Luta por uma justiça mais horizontal nas relações internacionais. Sugeri no número anterior uma verdade à La Palice: quanto mais fraco for um país, mais atreito ele é às convulsões políticas e à dependência externa. E recordei que, há dias, de forma emblemática, o nosso ministro das Finanças disse o seguinte: "Enquanto estivermos vivos vamos ter que pedir dinheiro emprestado". Ora, parece ser sensato admitir que um país é tão mais forte quão mais possui internamente as condições para a reprodução da sua autonomia, combinando matérias-primas e indústria pesada. A ausência dessa base fragiliza a paz política, favorece as pressões económicas e políticas externas e dificulta a distribuição interna dos recursos de poder e prestígio. O nosso país deve, absolutamente, evitar habituar-se a caminhar pela vereda fatalista indicada pelo ministro das Finanças. Uma das possibilidades consiste em repensar o modelo de produção e redistribuição da riqueza social. É nesse sentido que vale sempre a pena ter em conta a bola de Mbonimpa, referida no número 2 desta série, aqui.
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