Adenda: de uma postagem de 2006 neste diário: "Tenho para mim que existem duas linhas de força fundamentais na pintura moçambicana: a linha de Malangatana Ngwenha e a linha de Pompílio Gemuce, dois excepcionais pintores (esqueço aqui matizes, escolas intermediárias, bifurcações; e sei que não concordarão comigo, o que é salutar). No primeiro caso, penetro nas tradições densas: a figura sem anatomia precisa, o traço cheio, a máscara, a magia, o esgar, o medo, o terror do passado, a cor quente, grudante, como se o sonho fosse um pesadelo. No segundo caso, penetro nas tradições estilizadas, modernizadas, no traço aprendido na academia, leve como uma folha, nas cores frescas, nas figuras esguias, na expectativa de um sonho calmo que necessariamente acontecerá." Aqui.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
27 maio 2015
Pedalando: quadros de Gemuce (13)
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