Décimo número da série. Trabalhando sempre com hipóteses, entro no quarto ponto dos seis pontos sugeridos aqui, a saber: 4. A concepção elitista do eleitor mata-borrão. Uma parte importante do que se diz e escreve nos media transforma o eleitor num papel mata-borrão. O que quer dizer isso? Quer dizer que em toda a sua diversidade - do ser ao fazer, do pensar ao realizar -, o eleitor é literalmente convertido ao conjunto das nossas paixões, das nossas ideias, das nossas teorias e dos nossos prejuízos, é literalmente convertido em entidade amorfa que absorve por inteiro o que dele pensamos e o que queremos que pense. Esse leitor é transformado em tese sem ter sido ouvido. Vou escrever sobre cinco exemplos a esse nível, todos prisioneiros, afinal, do problema de Simmel:
- A tese do eleitor carente de educação cívica
- A tese do eleitor etnicamente teleguiado
- A tese do eleitor prisioneiro da história fundadora
- A tese do eleitor-multidão hipnotizado pelo líder
- A tese do eleitor-estatística
(vide, entretanto, Serra, Carlos [dir], Eleitorado incapturável, Eleições municipais de 1998 em Manica, Chimoio, Beira, Dondo, Nampula e Angoche. Maputo: Livraria Universitária, 1999, pp.43-243)
- A tese do eleitor carente de educação cívica
- A tese do eleitor etnicamente teleguiado
- A tese do eleitor prisioneiro da história fundadora
- A tese do eleitor-multidão hipnotizado pelo líder
- A tese do eleitor-estatística
(vide, entretanto, Serra, Carlos [dir], Eleitorado incapturável, Eleições municipais de 1998 em Manica, Chimoio, Beira, Dondo, Nampula e Angoche. Maputo: Livraria Universitária, 1999, pp.43-243)
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