Terceiro número da série. Entro no primeiro dos seis pontos sugeridos no número anterior, a saber: 1. Teoria do corvo, totalidade e indução abusiva. Em postagem anterior enunciei a regra da teoria do corvo, como segue:
1. Até aqui os corvos que contei na Inhaca são negros
2.[É muito natural que todos os corvos da Inhaca tenham a mesma cor]
3.Os corvos da Inhaca têm a mesma cor
4.Todos os corvos da Inhaca são negros
Neste tipo de indução, comum em muitas análises e generalizações, estamos perante um pensamento que, filiando a "prova" na confiança acordada à premissa hipotética (a priori) 2, estabelece, com pretensão apodítica, a conclusão 4.
É esse tipo de indução que irriga muitas das generalizações que efectuamos no dia a dia, na rua e nos jornais. É, sem dúvida, um dos mais interessantes campos da cognição humana. Formamos totalidades unitárias a partir de fragmentos conhecidos para darmos vida ao que não conhecemos, ao que não investigámos, sem nos interrogarmos sobre a possibilidade objectiva de o desconhecido ser diferente, desviante. Pessoas, países, partidos, grupos de futebol, igrejas, movimentos sociais, não importa o quê nem quem, são motivo para a formação permanente de totalidades unitárias por indução abusiva, a partir de a priori do género acima apresentado.
1. Até aqui os corvos que contei na Inhaca são negros
2.[É muito natural que todos os corvos da Inhaca tenham a mesma cor]
3.Os corvos da Inhaca têm a mesma cor
4.Todos os corvos da Inhaca são negros
Neste tipo de indução, comum em muitas análises e generalizações, estamos perante um pensamento que, filiando a "prova" na confiança acordada à premissa hipotética (a priori) 2, estabelece, com pretensão apodítica, a conclusão 4.
É esse tipo de indução que irriga muitas das generalizações que efectuamos no dia a dia, na rua e nos jornais. É, sem dúvida, um dos mais interessantes campos da cognição humana. Formamos totalidades unitárias a partir de fragmentos conhecidos para darmos vida ao que não conhecemos, ao que não investigámos, sem nos interrogarmos sobre a possibilidade objectiva de o desconhecido ser diferente, desviante. Pessoas, países, partidos, grupos de futebol, igrejas, movimentos sociais, não importa o quê nem quem, são motivo para a formação permanente de totalidades unitárias por indução abusiva, a partir de a priori do género acima apresentado.
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