12 junho 2014

A buliçosa corrida aos cargos partidários e estatais

"Toda e qualquer luta entre partidos visa, não só um fim objectivo, mas ainda e acima de tudo o controlo sobre a distribuição de cargos" (Max Weber)
Aproxima-se o tempo das eleições, legislativas e presidenciais em Outubro, caso não haja alterações. O tempo das eleições, em seus múltiplos e sinuosos subtempos, é o buliçoso tempo das ansiedades, enormemente prêenseis, dos pretendentes a cargos partidários e estatais. Várias são as instâncias onde os preocupados candidatos actuam e continuarão a actuar, com intensidade e visibilidade crescentes, suplicando, ajoelhando seus préstimos, tentando fazer valer seus autoproclamados dotes, construindo alianças, fazendo ritualizadas oferendas, insiduando-se nos corredores do prebendialismo, promovendo onerosas festas futuristas, frequentando diariamente sedes partidárias, musculando o policiamento ideológico, enchendo os inimigos com quotas de maldade demoníaca, produzindo palavras engravatadas e sábias nas estradas da escrita ou dizendo - com ar sacerdotal - coisas grandiloquentes e louvaminheiras em rádios, televisões e jornais oficiais. Há todo um imenso campo de pesquisa, vamos a ver se os nossos jovens pesquisadores o aproveitam. (imagem reproduzida daqui)

1 comentário:

nachingweya disse...

Não deve ser descartado o cenário em que, por causa da instabilidade, se mantenha o status quo.
Tal como em Angola desde 1977.